sábado, 3 de maio de 2008

Ilusão de Ótica

Olhe atentamente para o pontinho preto da bandeira por 30 segundos. Em seguida, olhe para o quadrado branco ao lado. Você irá ver a bandeira do Brasil com as cores reais. Se você quiser, pode também olhar para uma parede branca que o efeito é o mesmo.


Bomba Vitamínica


Um grande estudo afirma que não é bom negócio você se entupir de suplementos nutricionais
Anna Paula Buchalla
da Revista Veja

Quando surgiram, há mais de quatro décadas, os suplementos à base de vitaminas e minerais eram indicados para as pessoas que, por algum motivo, não conseguiam obter esses nutrientes em quantidade suficiente por intermédio da alimentação. Foi no fim dos anos 70, quando o químico americano Linus Pauling passou a defender a tese de que megadoses de vitamina C retardariam o envelhecimento e até ajudariam a prevenir o câncer, que os suplementos ganharam o papel de panacéia para uma série de males e de retardadores do envelhecimento. Hoje, cerca de 20% dos adultos do mundo ocidental fazem uso desses compostos. Valer-se dessas drágeas com o intuito de viver mais, no entanto, pode ter o efeito inverso: ver roubados anos de vida. É o que mostra o maior estudo de revisão sobre a suplementação de vitaminas e minerais já feito. Nele, foram analisadas 67 pesquisas, envolvendo 233 000 pessoas, entre doen-tes e saudáveis, realizadas ao longo dos últimos quarenta anos. O estudo, conduzido por pesquisadores do The Cochrane Collaboration, uma instituição internacional independente que se dedica à análise crítica de pesquisas, revela que não há evidências que atestem os benefícios das doses extras de vitaminas e minerais. Pior: segundo o estudo, a suplementação de vitaminas A, E e betacaroteno aumenta o risco de morte prematura (veja o quadro). Quanto à vitamina C e ao selênio, revelaram-se inócuos.
Se alimentos ricos em antioxidantes comprovadamente fazem bem ao coração, à pele, à memória e ao vigor físico, por que o mesmo não vale para os suplementos? A resposta é que frutas e vegetais são ricos em fibras e em uma série de outros micronutrientes que interagem entre si. É essa interação que determina a forma como o organismo absorve as vitaminas e os minerais. Isolá-los numa drágea não parece ser, portanto, a maneira mais adequada de extrair bons resultados deles. "Uma dieta equilibrada fornece todos os nutrientes necessários à boa saúde", diz a nutricionista Ana Maria Lottenberg, da Universidade de São Paulo.
A aritmética mostra que isso não é "papo de médico". A necessidade diária de vitamina C é de 90 miligramas para homens e 75 miligramas para mulheres. Uma única goiaba tem 370 miligramas da vitamina e uma mísera laranja-pêra, 95 miligramas. Uma castanha-do-pará, pequenininha como ela só, atinge a recomendação diária de selênio: 55 microgramas. "A suplementação é indicada apenas para quem tem deficiência nutricional e para atletas", diz a nutricionista Danielli Botture Lopes, da consultoria RG Nutri. Como você não vive na África Subsaariana e não vai correr a maratona na Olimpíada...

Evolução dos Come Sapiens segundo McDonanlds


Você já ouviu falar disso?!?!

01/05/2008 - 11h34
Cientistas conseguem fazer dedo cortado crescer de novo; assista
da BBC Brasil

Cientistas norte-americanos conseguiram fazer com que a ponta do dedo de um homem crescesse de novo depois de ter sido cortada fora. Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh desenvolveram um pó especial que estimulou as células do dedo ao redor da parte decepada a crescerem. Veja vídeo sobre o assunto.
Lee Spievak, 69, havia perdido a ponta do dedo ao colocá-la na hélice de um avião miniatura. Mas, agora, Spievak tem uma ponta regenerada, com pele, nervos, unha e até mesmo a impressão digital.
Isso foi possível depois que recebeu do irmão, Alan, que trabalha com medicina regenerativa, o pó desenvolvido pelos cientistas da Universidade de Pittsburgh. "Na segunda vez que eu coloquei o pó, eu já pude perceber que o dedo havia crescido. A cada dia, crescia um pouco", afirma Spievak.
"Levou cerca de quatro semanas até fechar completamente", diz. Agora, ele diz ter "movimento e sensibilidade total".

Bexiga de porco

O pesquisador Stephen Badylak, da Universidade de Pittsburgh, desenvolveu o pó usando células da parte interna da bexiga de um porco.
O tecido retirado é colocado em um ácido e submetido a um processo de secagem. Em seguida é transformado em um pó. "Há vários tipos de sinais no corpo. Alguns são bons para deixar cicatrizes, outros para criar tecidos regenerativos", diz Badylak.
O cientista afirma que o pó criado conseguiu estimular as células do tecido a crescerem, em vez de cicatrizarem.Se for aperfeiçoada, a técnica poderia ser usada para tratar pele com queimaduras sérias e até mesmo órgãos danificados.
"Eu acredito que dentro de dez anos nós teremos maneiras de fazer com que o osso se regenere e promover o crescimento de tecidos ao redor do osso. E isso é um grande avanço para, eventualmente, conseguir restaurar um membro inteiro", afirmou Badylak.
Os cientistas pretendem testar a nova técnica em Buenos Aires em uma mulher que sofre de câncer do esôfago e militares norte-americanos devem iniciar testes em soldados que perderam parte dos dedos em ação.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O Poder das Mulheres!

02/05/2008 - 14h57

Estudo liga hormônio feminino à busca por poder

O estrogênio é o hormônio que provoca o desejo por poder e competição nas mulheres da mesma forma que a testosterona o faz no homem, sugere um estudo publicado na revista acadêmica Hormones and Behavior."Nós descobrimos que o estrogênio e uma necessidade inconsciente por domínio estão positivamente relacionados na mulher", escreveram os pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e da Universidade alemã Friederich-Alexander.O estrogênio é o hormônio relacionado com o controle da ovulação e com o desenvolvimento de características femininas.O estudo envolveu um grupo de 49 mulheres. Inicialmente, os pesquisadores mostraram ao grupo uma foto e pediram que as mulheres escrevessem uma história sobre a imagem."Nós procuramos por temas relacionados ao poder. Quando mais uma história ia nessa direção, mais a pessoa era considerada motivada pelo poder", disse Steven Stanton, da Universidade de Michigan.ParaleloUma análise da saliva das mulheres mostrou que as mais ambiciosas tinham um nível mais alto de estradiol, um tipo de hormônio estrogênico.Depois, as mulheres competiram em dez rodadas de jogos de computador. A cada rodada, elas ficavam sabendo se tinham perdido ou ganhado e podiam ver a reação das outras mulheres.Análises das salivas durante e depois da competição mostravam uma relação clara entre o hormônio e as emoções.Em mulheres consideradas ambiciosas, os níveis do hormônio subiam quando elas ganhavam. Quando perdiam, os níveis caíam.As flutuações eram particularmente notáveis em mulheres solteiras e naquelas que estavam usando pílula anticoncepcional. No entanto, em mulheres que não eram consideradas ambiciosas, o efeito foi inverso. O nível de estrógeno caía quando elas ganhavam e subia um pouco quando perdiam."O nosso estudo mostra um paralelo com o que é observado entre testosterona e poder e competição em homens", disse Oliver Schultheiss, da Universidade Friedrich-Alexander."Em homens, a motivação pelo poder é associada a altos níveis de testosterona, principalmente depois de uma vitória difícil. Em mulheres, o estrógeno parece ser o hormônio crítico para isso", concluiu.

Quem ainda acha que as mulheres são seres submissos, vai achando, vai achando...

Link interessante!

Meus queridos leitores: entrem no link abaixo e vocês terão a oportunidade de obter respostas simples na forma de infográficos para questões simples tais como: como se forma a cárie, por que os músculos doem após exercícios físicos e muitas outras questões.

http://saude.abril.uol.com.br/subhomes/infograficos.shtml

Primeiros Socorros.

02/05/2008 - 10h01

Respiração boca-a-boca não é mais essencial em infarto
CLÁUDIA COLLUCCI da Folha de S.Paulo

A tradicional respiração boca-a-boca feita durante os primeiros socorros de uma parada cardíaca está com os dias contados. Novos estudos demonstraram que as compressões ritmadas no tórax são tão eficazes quanto a respiração boca-a-boca --que era intercalada com a massagem cardíaca.
As conclusões foram publicadas no mês passado em dois dos mais renomados periódicos de cardiologia ("Circulation" e "Resuscitation"). A recomendação é que, a partir de agora, só se faça as compressões torácicas ritmadas, de forma ininterrupta, por até oito minutos.
As novas orientações foram repassadas na quinta-feira (1º) aos cardiologistas brasileiros durante o congresso da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo) pelo médico Sérgio Timerman, diretor-científico do comitê de emergência da Fundação Interamericana do Coração. O congresso acontece em São Paulo até amanhã.
Segundo Timerman, as pesquisas que embasaram a mudança de conduta verificaram que há falta de preparo das pessoas para fazer a massagem torácica e que 83% dos americanos não faziam respiração boca-a-boca por medo ou nojo.
"Os estudos concluíram que a respiração boca-a-boca não só constitui um fator preponderante para justificar a inércia das pessoas que abordam a vítima para prestar socorro imediato, como também não garante benefício durante as manobras de reanimação", afirma o médico, que dirige o departamento de treinamento e pesquisa em emergências do InCor (Instituto do Coração).
Essas conclusões vão passar a integrar as novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, segundo Timerman. "A idéia é disseminar isso para as sociedades médicas e a população em geral."
Para ele, no Brasil, ainda é precário o treinamento das pessoas para as emergências cardíacas e isso pode ser crucial no momento de salvar ou não uma vida. Um outro estudo norte-americano demonstrou que o treinamento da população aumentou o número de ressuscitações de 2% para 20%.
Seis em cada dez pessoas que morrem do coração são vítimas de infarto. Muitas mortes poderiam ser evitadas se o atendimento da vítima fosse feito nos dez minutos após o ataque.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Doença de Chagas.

Protozoários da espécie Trypanosoma cruzi aderindo-se às fibras cardíacas. O mal de Chagas é uma doença de grande importância no Brasil, chegando a afetar a nível planetário de 16 a 18 milhões de pessoas por ano, principalmente na América Latina.

Prova de Matemática!


quarta-feira, 30 de abril de 2008

Atenção: Grande rede de supermercados pediu falência.


Mais sobre transgênicos.

Quem estiver interessado em aprofundar os conhecimentos em Engenharia Genética e aprender melhor aqueles conceitos sobre os OGM ( organismos geneticamente modificados ), clique no link abaixo. O site é show!

http://www.libertaria.pro.br/tdna_recombinante_intro.htm

A Árvore mais antiga do mundo!

A mais antiga árvore viva do mundo Abeto vermelho com mais de nove mil anos foi encontrado na Suécia.
O abeto vermelho (Picea abis) pertence a um gênero de árvores que têm como hábitat áreas de clima temperado e a floresta boreal (também conhecida como taiga) no hemisfério norte (foto: Leif Kullman). Um abeto vermelho de 9.550 anos foi descoberto em uma região montanhosa no noroeste da Suécia. Trata-se da mais antiga árvore do mundo já encontrada com vida. Para determinar a idade da árvore, os cientistas empregaram a técnica de datação por isótopos radioativos de carbono. O mesmo método foi usado em outros abetos vermelhos também encontrados na montanha Fulu (província de Dalarna) e revelou que as árvores têm cerca de 300, cinco mil e nove mil anos. Segundo Leif Kullman, professor de geografia física da Universidade de Umea, na Suécia, os abetos vermelhos só conseguiram sobreviver por tanto tempo graças a dois fatores principais. “Primeiramente, essas árvores são capazes de desenvolver um novo tronco a partir das raízes assim que o anterior morre”, explica Kullman. “Além disso, o abeto vermelho mostrou-se bastante resistente às mudanças climáticas ao longo de tanto tempo, completa.

Que confusão!!!

No mundo animal às vezes tem dessas coisas...


Mulheres: por que reclamar "daqueles dias"? Enfim uma boa notícia!

24/04/2008 - 12h45
Sangue de menstruação pode reparar problemas cardíacos, diz estudo
MIWA SUZUKI
da France Presse, em Tóquio

O incômodo que para muitas mulheres representa o ciclo menstrual pode ser compensado no futuro pelo poder de cura de seu sangue, aplicável a corações debilitados, segundo pesquisadores japoneses.
Os cientistas estudaram o sangue da menstruação de nove mulheres e se concentraram em um tipo de célula que atua de maneira similar às células-tronco.
Aproximadamente 20% das células menstruais começaram a pulsar espontaneamente três dias depois de serem introduzidas in vitro em células de coração de ratos.
As primeiras formaram uma espécie de capa própria do tecido muscular do coração.
A proporção de sucesso é cem vezes maior que a obtida com células-tronco extraídas da medula humana (entre 0,2% e 0,3%), segundo Shunichiro Miyoshi, cardiologista da Faculdade de Medicina da Universidade de Keio e um dos autores da pesquisa.
As experiências posteriores revelaram que o estado dos ratos que sofreram ataques cardíacos melhorava após receber células procedentes do ciclo menstrual.
"É possível desenvolver um sistema no futuro próximo que permita às mulheres usarem o sangue para seu próprio tratamento", declarou.
Recorrer ao próprio sangue é uma maneira de eliminar um dos principais riscos que apresenta o uso de células: ao se tratar as pacientes, o sistema imunológico não as rejeita.
Miyoshi defendeu que o sangue menstrual poderia ser usado para fazer provisão de um tipo de células que contêm vários sistemas de HLA (Antígenos dos Leucócitos Humanos, na sigla em inglês), chave para o sistema imunológico.
Estas células podem ser armazenadas em um tubo do tamanho de um dedo e serem cultivadas quando necessário. "As células podem ser guardadas por 300 anos", de acordo com um especialista.

Enviada por nosso leitor Felippe.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Era só o que faltava!


29/04/2008 - 21h44

Livro mostra orangotango nadando e pescando
da BBC Brasil


Um livro de fotografias a ser publicado no início de maio mostra imagens que surpreenderam a comunidade científica: nelas, orangotangos que habitam florestas equatoriais em Bornéu, na Indonésia, são vistos nadando e pescando.
Até recentemente, especialistas acreditavam que estes símios de braços longos, que compartilham 97% do seu DNA com os humanos, não eram capazes de nadar.
Divulgação
Imagem mostra orangotango pescando; ao contrário do que se imaginava, livro aponta que esses animais sabem nadar
Mas a equipe de naturalistas e um fotógrafo por trás do lançamento capturou imagens dos orangotangos atravessando um rio a nado para colher frutos em uma reserva na ilha de Kaja, na parte sul de Bornéu, que pertence à Indonésia (o resto da ilha de Bornéu é dividido pela Malásia e ao sultanato de Brunei).
Os animais também são vistos caçando peixes com varetas antes de comê-los. Segundo os autores do livro, estas e outras imagens demonstram que a espécie, tida como a segunda mais inteligente depois do homem, é capaz de criar e aprender.
O livro "Thinkers of the Jungle" --the Orangutan Report, de Gerd Schuster, Willie Smits e Jay Ullal, chega às lojas no dia 5 de maio.
Ele também documenta a destruição do habitat natural do orangotango para o cultivo do solo. O holandês Willie Smits é um dos fundadores da Borneo Orangutan Survival Association, entidade que faz campanha pela proteção da espécie.
Especialistas calculam que, a partir de 2010, não haverá mais orangotangos --habitantes das florestas de Bornéo e Sumatra-- vivendo livres na natureza.

Bomba Atômica - A resposta!

Fissão Nuclear
Há dois tipos de reação nuclear: a fissão e a fusão. As usinas nucleares usam a fissão para produzir sua energia. Partículas atômicas que se movem com grande rapidez, chamadas nêutrons, são atiradas contra o núcleo do átomo para dividi-lo. Essa divisão é chamada fissão e faz com que os outros átomos também se dividam, numa reação em cadeia. Nesse processo, um pouco da massa (o número de partículas pesadas dentro do átomo) se perde, convertendo-se em imensas quantidades de energia.
Ao se iniciar uma reação de fissão nuclear, uma partícula rápida chamada nêutron é disparada contra o núcleo de um átomo de Urânio 235. O nêutron de alta velocidade, tem potência suficiente para penetrar no interior do núcleo onde é absorvido, em seguida, o núcleo se divide em duas partes num processo chamado fissão. Essa fissão produz mais dois ou três nêutrons que vão dividir mais núcleos numa reação em cadeia. Cada vez que um átomo sofre uma fissão, libera grande quantidade de energia.

Reações Nucleares em Cadeia
Urânio-235 é uma forma de urânio utilizada em reações nucleares em cadeia, por que seus átomos instáveis se desintegram facilmente. Se o fragmento de urânio ultrapassar certo tamanho (conhecido como massa crítica), seus átomos se desintegram automaticamente.
A massa crítica de urânio-235 equivale a mais ou menos o tamanho de uma bola de tênis. Se for maior, os átomos automaticamente se desintegram e cada um, por sua vez, libera dois ou três nêutrons. Cada nêutron desintegra o núcleo de dois ou três átomos. A cada vez que um átomo se desintegra, enorme quantidade de energia é liberada. Uma reação em cadeia, não controlada, prosseguiria indefinidamente.


Bomba Atômica!

O leitor que me perguntou sobre a bomba atômica, aguarde um minutinho e já tentarei explicar.

Leite de cabras transgênicas pode resultar em novo fármaco

Um leitor me pede maiores explicações sobre a utilização de cabras transgênicas e como elas são "fabricadas". Segue abaixo um texto explicativo sobre o assunto:



Em outubro de 2006, o Brasil e o mundo tomaram conhecimento da criação da primeira cabra transgênca na América Latina no Caprinos transgênicos como biorreatores para produção de fármacos de interesse em saúde humana. O projeto, que envolve o Laboratório de Animais Transgênicos (LAT) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, se baseia na possibilidade de introduzir no genoma de caprinos uma construção de DNA capaz de promover a produção de qualquer proteína humana de valor terapêutico pela glândula mamaria das fêmeas dessa espécie. O resultado seria um leite de cabra capaz de ajudar no tratamento de diversas doenças relacionadas à imunodeficiência, por exemplo.
Método de produção de animais biorreatores -A pesquisadora Luciene Paschoal Braga Dias, médica veterinária, que participa da pesquisa no LAT/UFRJ, falou ao IVFRJ On Line sobre o andamento do projeto. Com mestrado em Fisiopatologia da Reprodução pela Universidade Federal Fluminense, ela desenvolveu pesquisa na Embrapa Gado de Leite em Juiz de Fora e trabalhou com fertilização "in vitro" em bovinos. É doutora em Ciências Biológicas, na área de Biofísica e subárea Biologia Molecular pela UFRJ. Desenvolveu sua tese de doutorado no LAT/UFRJ, onde produziu camundongos transgênicos biorreatores, que são aqueles que produzem alguma proteína de origem animal, vegetal ou bacteriana nas secreções, tais como: o leite, urina, saliva. Neste caso, os animais produziram no leite uma proteína (G-CSF) de grande utilização na clínica médica.
. No que consiste a pesquisa? A idéia geral do projeto se baseia na possibilidade de introduzir no genoma de caprinos (Capra hircus) uma construção de DNA, capaz de promover a produção de qualquer proteína humana de valor terapêutico pela glândula mamaria das fêmeas dessa espécie. A proteína "Fator de Estimulação de Colônias de Granulócitos humano" (hG-CSF) foi escolhida inicialmente devido à sua importância para saúde humana, pois o hG-CSF aplica-se extensivamente na prevenção do desenvolvimento da neutropenia, ou seja a queda nos níveis de células brancas, neutrófilos, após quimioterapia ou radioterapias intensivas. É também usada na estimulação da hematopoiese (qualquer patologia que necessite melhorar a imunidade e aumentar a série branca do sangue - neutrófilos), após transplante de medula óssea ou ainda no tratamento de diversas doenças relacionadas à imunodeficiência. Recentemente, o hG-CSF vem sendo utilizado como um fator que mobiliza células tronco para regeneração das áreas de infarto no miocárdio, mostrando um novo e amplo campo de aplicação desse fármaco.
. Quanto tempo tem esse trabalho? O projeto começou a ser desenvolvido há oito anos, quando pesquisadores russos da Academia de Citologia e Genética da Academia Russa de Ciências implementaram a tecnologia de produção de animais transgênicos na UFRJ. Contudo, os principais resultados foram alcançados nos últimos dois anos, e em outubro de 2006 foi anunciada a primeira cabra transgênica da América Latina.
. Quais são os resultados esperados? Atualmente, 300 g de hG-CSF recombinante produzido por bactérias custam aproximadamente 100 dólares e não é facilmente acessível em relação à demanda, a qual tem crescido a cada ano. Dessa forma, um pequeno grupo de cabras transgênicas poderia produzir uma quantidade de leite suficiente para atender a necessidade do Brasil em hG-CSF, com custo menor e com estrutura molecular igual a da proteína original. Desde sua introdução como agente terapêutico, há cerca de 17 anos, o hG-CSF tem sido uma das proteínas recombinantes mais bem sucedidas em uso clínico, com mais de 1,4 milhões de pacientes tratados (Hareng & Hartung, 2002).
. Qual a principal vantagem desse processo para a população? O tratamento com uso do hG-CSF tem um custo bastante elevado, entretanto, o custo desta proteína produzida por cabras transgênicas poderia ser várias vezes mais barato e acessível. Assim, no mercado internacional 1g da proteína recombinante custa de 100 a 1.000 dólares, enquanto a mesma quantidade de proteína produzida por cabras transgênicas custa de 10 a 25 dólares (Dale, 2002). Não obstante, alguns países desenvolvidos que produzem e comercializam esse fármaco através de biorreatores, monopolizam o mercado internacional, como vem acontecendo com vários produtos farmacêuticos.
. Quais são as equipes envolvidas? Como é um projeto muito grande, vários pesquisadores de diferentes Universidades estão envolvidos. Entre as Universidades participantes estão a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Laboratório de Animais Transgênicos e Universidade Estadual do Ceará, Laboratório de Fisiologia e Controle da Reprodução. Ao todo podemos contar com 30 pesquisadores altamente qualificados, entre eles, alunos de iniciação científica, alunos de mestrado, alunos de doutorado, doutores, pós-doutores.
. A pesquisa é financiada? Inicialmente o projeto foi financiado pelo CNPq/PADCT e posteriormente pela Renorbio (Rede do Nordeste de Biotecnologia), financiado pelo banco do Nordeste. Após a divulgação da primeira cabra transgênica da América Latina feita pelo nosso grupo em outubro de 2006, procuramos uma outra fonte de financiamento que nos possibilitaria testar e comercializar o fármaco produzido por esses caprinos. O BNDES é nosso atual investidor e continuamos o projeto, mas agora com um propósito comercial.
. Quais são as próximas etapas da pesquisa? Apesar dos resultados apresentados na mídia pelo nosso grupo, com a divulgação da primeira cabra transgênica da América Latina, as pesquisas ainda continuam e os próximos passos são: produzir mais cabras transgênicas que produzam hG-CSF, testar essa proteína visando a comercialização e produzir outras proteínas humanas com potencial terapêutico.





Por: dna Ferreira/IVFRJ Online

Recorde de visitas!!!

É isso aí meus queridos leitores! Hoje o blog está "bombando"! Tivemos um número recorde de visitas; acho isso muito bom e fico satisfeito em saber que posso estar contribuindo de alguma forma para vosso aperfeiçoamento nos estudos. Todas essas visitas me incentivam cada vez mais a postar matérias para vocês, que são a razão da existência deste blog. Muito obrigado a todos!

Fluxo de Matéria e Energia para 1ª EM

Todos os seres vivos necessitam de matéria-prima para seu crescimento, reprodução, desenvolvimento e reparação de perdas. Necessitam também de energia para a realização de seus processos vitais. Essas necessidades são supridas pelo alimento orgânico.
Os seres autótrofos sintetizam seus próprios alimentos através da fotossíntese ou da quimiossíntese. O alimento produzido pelos autótrofos é utilizado por eles mesmos e pelos organismos heterótrofos. Os principais produtores da Terra são os organismos fotossintetizantes.
A energia luminosa do Sol é fixada pelo autótrofo e transmitida, sob a forma de energia química, aos demais seres vivos. Essa energia, no entanto, diminui à medida que passa pelos consumidores, pois parte dela é utilizada para a realização dos processos vitais do organismo e outra perde-se sob a forma de calor; sempre restará, portanto, apenas uma parcela menor de energia disponível para o nível seguinte. Como na transferência de energia entre os seres vivos não há reaproveitamento da energia liberada, diz-se que essa transferência é unidirecional e se dá como um fluxo de energia. A matéria, no entanto, pode ser reciclada.
Brasileira desenvolve vacina contra Chagas Proteína estimula células de defesa a produzir anticorpos específicos





Uma vacina experimental está sendo desenvolvida na França para combater a doença de Chagas. Ela permite que o organismo infectado pelo protozoário causador da moléstia produza anticorpos específicos contra ela. Normalmente, esse parasita dribla as defesas do organismo e induz a produção de anticorpos incapazes de neutralizar os agentes agressores. O trabalho, desenvolvido por uma equipe do Instituto Pasteur liderada pela brasileira Paola Minoprio, pode abrir novos caminhos para a busca de vacinas contra infecções parasitárias.
A doença de Chagas, causada pelo Trypanosoma cruzi, atinge 8 milhões de pessoas apenas no Brasil
O mal de Chagas é causado pelo protozoário Trypanosoma cruzi, parasita que penetra no hospedeiro através de fezes do barbeiro e se multiplica no interior de células, podendo destruir o músculo cardíaco e os do sistema digestivo. Ele secreta moléculas chamadas mitogênicas que fazem com que sua presença não seja reconhecida pelos linfócitos (células do sistema imunológico). "Cerca de 98% dos anticorpos produzidos por essas células não reconhecem o invasor", explicou Paola Minoprio à CH on-line. "Uma defesa correta deveria induzir uma reação específica contra as moléculas-chave dos causadores da doença." A reação não específica pode levar à redução total da capacidade de um indivíduo para produzir respostas imunológicas normais e ocasionar uma doença autoimune - em que o sistema imunológico ataca indiscriminadamente tecidos do próprio organismo.
A partir de experimentos com camundongos, a equipe conseguiu identificar o gene do protozoário que codifica uma proteína com propriedades mitogênicas (TcPA45). A partir daí, desenvolveram um modelo experimental de vacinação intramuscular com DNA contendo o gene. "Injetando pequenas doses dessa proteína no organismo, estimulamos os linfócitos B a produzir anticorpos específicos", afirma Minoprio. "Assim, uma resposta neutralizadora estará presente quando os parasitas entrarem em contato com o hospedeiro." Testes demonstraram que a vacina induziu uma diminuição de 85% dos níveis de parasitas circulantes após infecção.
A produção de mitógenos para confundir as respostas do sistema imune do hospedeiro é uma estratégia utilizada pela maioria das bactérias, fungos e vírus. A equipe de Paola Minoprio está trabalhando agora no isolamento dos genes de outros parasitas. "Já temos isolados mitógenos do parasita da malária, da candidíase e do vírus da peste porcina", enumera. "Em breve, poderemos preparar vacinas contra todas essas moléstias."

Helena Aragão
Ciência Hoje/RJ28/09/00

Ainda a Terapia Genética

Terapia gênica mostra potencial contra câncer
28 Agosto, 2007 - 08:01h Délcio Rocha

Pesquisadores brasileiros estão usando com sucesso vírus especialmente projetados para consertar os defeitos genéticos que permitem o surgimento do câncer. Em testes feitos com animais, a estratégia, a chamada terapia gênica ou geneterapia, mostrou-se capaz de deter o avanço de dois dos principais tumores que afetam a população do país.Os resultados animadores foram relatados durante a XXII Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental, que acontece até este sábado (25) em Águas de Lindóia, no interior paulista. Bryan E. Strauss, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (InCor), e Eugenia Constanzi Strauss, da USP, fazem questão de frisar que ainda não há previsão de testes da técnica em pacientes humanos. Mesmo assim, a dupla se mostra empolgada."Os resultados têm sido realmente excelentes", afirma Eugenia Strauss. A terapia gênica é uma promessa relativamente antiga para o tratamento de doenças de forma precisa e racional, mas ainda não há nenhum protocolo disponível comercialmente mundo afora. No entanto, há sinais de que a tecnologia está ficando madura, resolvendo problemas como o risco de alterações na porção de DNA "saudável" dos pacientes. No passado, essas alterações chegaram a causar a morte de algumas pessoas em testes clínicos.O casal Strauss e seus colegas estão usando uma das abordagens clássicas da geneterapia, que consiste em usar certos tipos de vírus como "cavalos-de-tróia". Os vírus recebem os trechos de DNA que os pesquisadores desejam inserir nas células cancerosas. Depois, ao se replicarem e invadirem o organismo, acabam fazendo de graça o serviço desejado. Há outras abordagens geneterapêuticas que não usam vírus, mas a dos cavalos-de-tróia tem justamente o apelo de espalhar o DNA desejado pelo tecido-alvo.A técnica foi testada experimentalmente em tumores humanos que foram "semeados" debaixo da pele de camundongos de laboratório. Eugenia Strauss explica que a idéia é interferir justamente na regulação do ciclo celular, possivelmente a chave de todos os tipos de câncer. É que as células cancerosas são do tipo que não sabe quando parar: seu ciclo celular se desregula e elas se multiplicam a esmo.Com a inserção de genes reguladores do ciclo celular, espera-se que elas caiam em si, "percebam" que há alguma coisa errada e iniciem o chamado processo de apoptose, ou morte celular programada. "Nós queremos criar uma solução desse tipo que possa funcionar em vários tipos de tumor e que não dependa de atacar as modificações genéticas mais específicas de cada câncer", explica ela. Nos camundongos, tumores de pulmão (os mesmos que aparecem por causa do fumo em humanos) e de próstata foram atacados com sucesso.Um dos planos para o futuro, além de possíveis testes clínicos, é também usar a estratégia contra problemas cardiovasculares. Quando um vaso sangüíneo é seriamente danificado, pode ocorrer a multiplicação descontrolada de células que fecham aquele ferimento. Mas entre as células, o inferno também está cheio de boas intenções: esse curativo acaba tapando a passagem do sangue e causando uma série de problemas. "Acontece que essa proliferação é muito parecida com o que a gente vê em tumores, o que sugere que poderíamos usar alguns dos mesmos genes para evitá-la", explica Strauss.Por: Reinaldo José Lopes

Fonte: Portal G1

Terapia Genética

09/07/2007 - 13h11
Terapia genética enfrenta câncer letal

Nova técnica conseguiu salvar cobaias de tumor do pâncreas, um dos mais terríveis. Testes em humanos podem acontecer em um ano nos EUA, se tudo der certo.
Do G1, em São Paulo


Pesquisadores da Universidade do Texas, nos EUA, dizem ter criado uma nova forma de terapia genética que conseguiu eliminar o câncer do pâncreas em camundongos que sofriam da doença. O sucesso no teste de laboratório pode levar a ensaios clínicos em humanos dentro de cerca de um ano, de acordo com a universidade americana.

"Esse veículo, ou vetor, é tão bem direcionado e robusto em seu funcionamento específico contra o câncer que poderemos usá-lo para terapia e talvez até para obter imagens da progressão do tumor", afirmou em comunicado oficial o pesquisador Mien-Chie Hung. Ele é o autor principal do estudo, que está na revista científica "Cancer Cell".
O melhor é que, segundo a equipe, outros tipos de câncer poderiam ser atacados caso o sistema de terapia genética sofra algumas modificações. Em essência, trata-se de uma "bomba inteligente" molecular. Sua camada externa é composta por uma esfera de gordura, o chamado lipossomo; dentro há uma seqüência de DNA que indica como o conjunto funciona, outra que potencializa seu funcionamento no tecido do pâncreas e finalmente a arma propriamente dita, um gene que leva à autodestruição das células cancerosas.
Se funcionar, os pacientes com câncer pancreático finalmente terão mais chances de sobrevivência. Calcula-se que, só nos Estados Unidos, 37 mil pessoas sejam diagnosticadas com a doença por ano - normalmente quando o tumor já se encontra em estágio avançado. Por isso, apenas 4% dos doentes sobrevivem após cinco anos de diagnóstico, taxa considerada uma das baixas entre os cânceres humanos.Num teste da terapia contra duas linhagens agressivas de câncer pancreático em camundongos, os resultados foram muito animadores. Enquanto todos os roedores do grupo controle, que não recebeu a nova terapia genética, morreram em 90 dias, metade dos que foram tratados com ela sobreviveram por 14 meses, sem sinais de retorno dos tumores.

Não houve sinais significativos de efeitos colaterais tóxicos do medicamento, ao contrário de outras formas de quimioterapia. Os pesquisadores também conseguiram monitorar em tempo real a regressão do câncer inserindo nos tumores um gene da luciferase, a substância que "acende" os vagalumes.

A equipe já tem parceria com uma empresa farmacêutica para colocar o produto no mercado caso os testes com pessoas se mostrem positivos.

Ciclo do Nitrogênio para 1ª e 2ª EM

Ciclo do Nitrogênio

O nitrogênio é um gás que ocorre na atmosfera na proporção aproximada de 79%. Apesar disso, não é utilizado de forma direta pelos seres vivos, com exceção de alguns microorganismos. Seu aproveitamento pela generalidade dos seres vivos está na dependência de sua fixação e posterior nitrificação.
A fixação do N2 pode ser feita através de radiação ou da biofixação, sendo este último processo o mais importante. A biofixação é realizada por bactérias, cianobactérias e fungos que podem viver livres no solo ou associados a plantas. Esses organismos são os únicos que conseguem transformar o N2 atmosférico em uma forma utilizável pelos seres vivos: a amônia (NH3). Os biofixadores que vivem associados a plantas são mais eficientes nesse processo que os de vida livre. Isso porque a planta fornece um hábitat apropriado, geralmente nódulos nas raízes, que protege esses microorganismos contra um excesso de O2 (o qual inibe a fixação do nitrogênio) e fornece energia para a realização do processo. Em troca, a planta recebe um farto suprimento de nitrogênio sob a forma assimilável.


A amônia produzida pelos biofixadores associados é incorporada diretamente aos aminoácidos da planta onde vivem. Já a amônia produzida pelos biofixadores de vida livre é transformada em nitrito e depois em nitrato, pela ação das bactérias nitrificantes (Nitrosomonas e Nitrobacter). Essas bactérias são autótrofas quimiossintetizantes, que utilizam a energia da nitrificação para a síntese de suas substâncias orgânicas.









O nitrato pode ser absorvido pelos vegetais e o nitrogênio nele contido é utilizado na síntese de aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos. Essas substâncias são transferidas direta ou indiretamente para os animais, ao longo das cadeias alimentares. Os animais, portanto, só conseguem captar o nitrogênio indispensável para a síntese de suas proteínas e ácidos nucléicos ingerindo diretamente plantas ou, indiretamente, alimentando-se de outros animais da cadeia alimentar.
O nitrogênio deixa o corpo dos organismos por dois processos: excreção de produtos nitrogenados e/ou decomposição dos organismos mortos.
Os excretas nitrogenados uréia e ácido úrico são transformados em amônia por bactérias e fungos decompositores. Estes organismos também degradam as substâncias nitrogenadas contidas no corpo dos organismos mortos, transformando-as em amônia.
A amônia pode retornar ao ciclo sendo transformada em nitrito e nitrato pelas bactérias nitrificantes, ou em nitrogênio (N2), por bactérias desnitrificantes. O N2 volta para a atmosfera, podendo entrar novamente na fase biológica do ciclo através dos processos de fixação.

Um pouquinho de Química para 8ª Série


segunda-feira, 28 de abril de 2008

Download...

Eu estava aqui esperando completar um download e...














Desafio para alunos da 1ª EM


(Unicamp-SP) Em um experimento, foram obtidos dados que permitiram a construçãoo do gráfico ao lado. Interprete o gráfico, explicando o significado do ponto x e das áreas destacadas A e B.
Este é um exemplo de um exercício sobre o assunto aprendido na aula passada. Aceite o desafio: tente resolvê-lo!

Recordando Fotossíntese - Alunos da 1ª EM




Todo ser vivo precisa de água e energia. Os animais tiram a energia dos alimentos que comem. A maioria das plantas porém fabricam seu próprio alimento através da fotossíntese. Quer dizer, as partes verdes das plantas (que contém clorofila, um pigmento verde) são capazes de fabricar glicose (um tipo de carboidrato) quando devidamente iluminadas.
A partir do gás carbônico do ar e da água que retira do solo, a planta fabrica a glicose, armazenando nesta molécula toda a energia que captura do Sol. A folha, portanto prende a energia da luz do Sol e a armazena na forma de energia química, nas ligações da molécula da glicose. Depois, a partir da glicose e dos sais minerais (principalmente, substâncias contendo nitrogênio, fósforo e potássio) que retira do solo, produz todos os demais materiais que precisa para crescer ( proteínas, carboidratos e lipídios ).
A respiração realiza o processo inverso, ao liberar a energia química presa na glicose na presença de oxigênio, produzindo água e gás carbônico e liberando energia para que os animais possam se manter vivos e realizar seus movimentos.

Nem sempre a regra é clara!

Segundo a regra da Fifa, um atacante (uniforme branco) está impedido quando, ao receber um passe, se encontra mais próximo da linha de meta adversária do que a bola e o penúltimo defensor. O impedimento não é marcado caso o jogador receba a bola diretamente de um tiro de meta, arremesso lateral ou escanteio. Também não será marcado impedimento se o jogador que irá receber a bola partir antes da linha do meio de campo (imagem: reprodução/BMJ). Clique na imagem para baixar a regra oficial do site da CBF (arquivo PDF, 2481 KB).




A regra não é claraEstudo conclui que o olho humano é fisicamente incapaz de detectar a posição de impedimento
Em toda partida é sempre a mesma história: o árbitro e seus auxiliares marcam o impedimento e a torcida do time afetado se revolta. A televisão mostra o lance quadro a quadro e ‐ pronto ‐ a infração não aconteceu. Entretanto, para o médico espanhol Francisco Maruenda, do Centro de Saúde de Alquerías, em Murcia, eles não podem ser considerados culpados. Em artigo publicado no British Medical Journal (BMJ), o médico utilizou cálculos simples baseados na fisiologia ocular para concluir que o olho humano é incapaz de processar todas as informações necessárias para aplicar essa regra.
A identificação do impedimento exige que o árbitro e seus assistentes enxerguem os últimos movimentos de cinco objetos e, ao mesmo tempo, determinem a posição de um em relação ao outro. Eles devem ter a bola como ponto fixo e, simultaneamente, ver a posição dos dois atacantes mais avançados e dos dois últimos jogadores da defesa. Para entender como a visão humana processa essas informações, Francisco Maruenda recorreu ao conceito de movimentos sacádicos dos olhos, que ocorrem quando se muda o foco de um objeto para outro ou a profundidade do foco. Segundo o médico espanhol, esse procedimento requer um tempo que varia entre 2,1 e 2,8 décimos de segundo, de acordo com a distância dos objetos observados. O médico argumenta que, para apontar a infração, o juiz precisa, no mínimo, enxergar o jogador que conduz a bola, identificar o atacante mais adiantado que irá receber o passe e o penúltimo defensor. Isso requer ao menos dois movimentos sacádicos, o que duraria, no tempo mais curto, 4,2 décimos de segundo. O problema, aponta o espanhol, é que, nesse intervalo de tempo, muitas mudanças podem acontecer. Segundo ele, um jogador de futebol corre em média 100 metros em 14 segundos, ou 3 metros em 4,2 décimos de segundo ‐ o suficiente para comprometer o julgamento do árbitro. Assim, conclui Maruenda, é humanamente impossível detectar o impedimento. "Esta norma surgiu em 1866, quando não se conhecia nada de fisiologia ocular. As primeiras informações sobre os movimento sacádicos datam de 1903. Naquele tempo não se sabia que o árbitro deveria olhar três lugares diferentes ao mesmo tempo", disse o médico em entrevista à imprensa espanhola. Maruenda enviou suas conclusões para a Fifa (Federação Internacional das Associações de Futebol) e sugeriu que o impedimento seja banido ou que se passe a usar o vídeo para detectá-lo. "O uso da tecnologia moderna ‐ como o congelamento de imagens e a análise quadro-a-quadro ‐ é recomendável para limitar os erros", conclui em seu artigo, publicado na edição de 18 de dezembro de 2004 da BMJ.

Pedro Gomes Ribeiro
Ciência Hoje On-line10/02/05

domingo, 27 de abril de 2008

Evolução em curso!


País desenvolvido! Mas também não precisava tanto...

25/04/2008 - 09h19
Prisões britânicas são tão boas que presos "evitam fuga"
da BBC Brasil

Um carcereiro britânico diagnosticou uma "crise" no sistema prisional do país, ao afirmar que as prisões britânicas são tão "confortáveis" que os detidos não querem escapar delas.
Glyn Travis, da Associação de Carcereiros do Reino Unido, descreveu o que chamou de "descontrole": em alguns centros de detenção, os presos levam uma vida tranqüila, com acesso a telefones celulares, sexo e drogas.
"Temos uma crise séria em nossas prisões hoje", ele afirmou. "As drogas entram em nossas prisões a uma taxa tão dramática que chegam a ser mais baratas lá dentro que fora."
"Temos áreas proibidas (aos carcereiros) em algumas prisões, porque os prisioneiros tomaram controle. Não há pessoal suficiente e não há interação de pessoal", denunciou o porta-voz.

Rigidez

Travis citou o caso de um traficante que freqüentemente conseguia entrar em uma prisão em Yorkshire utilizando apenas uma escada para ultrapassar as janelas das celas. O cárcere era de segurança mínima.
Segundo ele, as autoridades prisionais só tomaram conhecimento da falha em janeiro deste ano. "Os prisioneiros só não aproveitaram a oportunidade porque consideraram que a vida no sistema prisional é muito confortável", ele afirmou.
Entretanto, um porta-voz do serviço carcerário britânico negou que os presos estivessem em posição de escapar.
"Durante os incidentes, em nenhum momento os prisioneiros estiveram fora de suas celas ou puderam acessar outras áreas da prisão", disse o porta-voz.
"Ações imediatas foram tomadas através da elevação de uma cerca adicional, remoção de árvores, colocação de mais câmeras de vigilância e transferência do envolvido para outro estabelecimento."
Glyn Travis disse que incidentes similares também foram registrados em outras prisões. Em um cárcere em Derbyshire, houve até tentativas de levar uma prostituta para dentro das celas às escondidas, ele disse.
O carcereiro culpou os regimes pouco rígidos, nos quais os prisioneiros desfrutam de TV por satélite e vídeo games.
Mas um porta-voz do Ministério da Justiça respondeu que as condições carcerárias do Reino Unido são apropriadas.
"A punição da Corte é a perda da liberdade", ele enfatizou. "Regimes rígidos não levam à reabilitação nem a uma diminuição das reincidências."

Uma "breve" biografia de Mendel, o Pai da Genética

Mendel: Por que o brilhante monge não tem o mesmo prestígio científico de Darwin?

Gregor Mendel (1822-1884) nasceu pobre na Europa Central e passou a maior parte de sua vida em um monastério na Morávia. Sua carreira foi totalmente desprovida de traços heróicos.
Por que Gregor Mendel (1822-1884) não seria considerado uma figura da mesma estatura científica de Darwin? Eis um prato cheio para os historiadores da ciência. Minha opinião é que, simplesmente, faltava-lhe carisma. Seu arco de vida não é aquele do herói mítico – pelo contrário, atrevo-me a dizer que Mendel é um anti-herói trágico. Uso aqui a expressão “anti-herói” no mesmo significado do Dicionário Houaiss que o define como “oposto do herói, especialmente personagem de ficção a quem faltam atributos físicos e/ou morais característicos do herói clássico”. Sou fã de carteirinha do Mendel. Basta ler o seu artigo de 1865 intitulado “ Experimentos sobre a hibridização das plantas ” para sentir um intelecto poderoso em ação, brilhante no planejamento detalhado dos experimentos, na análise cuidadosa dos dados e na interpretação disciplinada dos resultados. O trabalho é um triunfo do método científico, com doses equilibradas de inspiração e perspiração! A conclusão da pesquisa de Mendel – contra-intuitiva para a época, mas coerente, inevitável e irrefutável – foi que a transmissão de caracteres hereditários ocorria de maneira particulada, quântica, descontínua, por meio dos “genes” (que só viriam a receber este nome em 1906). Certamente ele descrevia um mecanismo biológico de singular beleza e de uma simplicidade franciscana (no caso de Mendel poderíamos também dizer de uma transcendência agostiniana, já que esta era a sua ordem religiosa). Assim como a gravitação newtoniana basta para explicar a mecânica celeste e a seleção natural darwiniana basta para explicar a evolução da vida na Terra, a herança “particulada” de Mendel basta para explicar a hereditariedade genética. E tudo isso contido em um texto espartano, científico, factual, matemático. Como disse São Jerônimo (342?-420), responsável pela Vulgata , a primeira tradução da Bíblia para o latim: venerationi mihi semper fuit non verbosa rusticitas, sed sancta simplicitas (“Sempre reverenciei não a rústica verbosidade, mas a santa simplicidade”). Feio, pobre e morava longe. Quando eu era criança, era comum descrever um indivíduo sem grandes qualidades aparentes com a expressão “é feio, pobre, tem pé grande e mora longe”. Não sei quanto Mendel calçava, mas certamente ele preenchia todos os outros requisitos. Em uma cápsula: Mendel nasceu na Silésia, na Europa Central, muito longe de Londres, Paris, Berlim e Viena, os grandes centros científicos da época. Sua família era de modestos agricultores. Foi batizado como Johann, nome trocado mais tarde por Gregor, ao entrar em 1843 para a Abadia Agostiniana de São Tomás em Brünn (hoje na República Tcheca, mas na época parte do Império Austro-Húngaro). Sua vocação religiosa é questionável – no século 19, a única opção viável para um jovem pobre que quisesse seguir uma carreira “científica” era o ingresso em um convento. Em 1851 o monge Gregor foi enviado para cursar a Universidade de Viena. Retornou em 1853 como professor de física, acumulando as funções de hortelão e jardineiro da abadia.


O primeiro laboratório de genética! Jardim de Mendel em foto de 1920.

Entre 1856 e 1863 Mendel conduziu experimentos de hibridização genética na ervilha Pisum sativum (e em abelhas), analisando mais de 28 mil plantas. Em 8 de fevereiro e 8 de março de 1865, teve oportunidades de apresentar seus resultados na Sociedade dos Naturalistas de Brünn e o texto foi publicado no ano seguinte (mas com data de 1865) nos Anais da Sociedade. Eleito abade logo depois, Mendel ficou absorvido com tarefas administrativas e brigas com o governo a respeito de impostos, praticamente abrindo mão de seus interesses científicos. Permaneceu no mosteiro até sua morte em 1884, aos 61 anos. Certamente o charme dessa biografia é zero! A menos que fizesse um esforço para ler cuidadosamente o trabalho de Mendel, ninguém conseguiria apreciar a magnitude de seu gênio. Mas por que fazer esse esforço? Quem imaginaria que os segredos mais fundamentais da biologia estariam contidos em um artigo em alemão com

título insípido e hermético de “Experimentos sobre a hibridização das plantas”? Ignorado em vida como grande cientista, Mendel sofreu ainda uma campanha de difamação após a festiva e explosiva redescoberta de seus trabalhos em 1900 . As acusações de que os seus resultados eram “bons demais” para serem verdadeiros poderiam ter passado despercebidas, não fosse o fato de o coro dos maledicentes ser liderado pelo legendário Sir Ronald A. Fisher (1890-1982), um dos pais da estatística e da genética de populações, importante figura da ciência inglesa no século 20. Sete caracteres, sete cromossomos. Dois aspectos do trabalho de Mendel foram destacados por Fisher e outros críticos como altamente suspeitos: o número e natureza de caracteres que ele estudou e as proporções fenotípicas observadas em seus experimentos. Com relação aos primeiros, Mendel examinou sete caracteres diferentes e observou segregação independente entre eles. Antes de continuar, vale a pena lembrar que o genoma da ervilha Pisum sativum tem sete cromossomos. Seria uma coincidência extraordinária Mendel ter escolhido a priori sete características fenotípicas unilocais, todas localizadas em cromossomos diferentes, o que lhes garantiria segregação independente. Com base neste raciocínio, alguns sugeriram então que o mais provável era que Mendel tivesse trabalhado com um número maior de caracteres e descartado os que apresentaram distorções de segregação por estarem presentes no mesmo cromossomo e ligados. Assim, começaram a soprar as brisas da calúnia que tendem a crescer e a se transformar em furacões. Para mim, essas dúvidas foram muito bem resolvidas em uma carta publicada no periódico Nature em 1975 por Stig Blix, um geneticista sueco que naquela época estava trabalhando em Piracicaba (SP), no Centro de Energia Nuclear na Agricultura. Blix mostrou que, dos sete caracteres estudados por Mendel, dois estavam no cromossomo 1, três no cromossomo 4, um no 5 e outro no 7. Por que, então, não houve distorções ocasionadas pela ligação? Segundo Blix, os dois genes no cromossomo 1 e dois dos três no cromossomo 4 estão tão distantes um do outro que se segregam independentemente. Apenas um dos pares poderia ter apresentado ligação, mas aparentemente Mendel nunca estudou a segregação deles. Assim, a meu ver, Mendel fica completamente inocentado da primeira acusação de fraude. O paradoxo do “bom demais”
Exemplar dos Anais da Sociedade de Naturalistas de Brünn com a o artigo de Mendel. Havia uma cópia dessa revista na biblioteca de Darwin, mas o artigo de Mendel ainda estava com as páginas pristinamente fechadas, o que demonstra que não havia sido lido.
Sir Ronald A. Fisher analisou os dados combinados de Mendel usando um teste estatístico chamado qui-quadrado e achou que eles eram ajustados demais, ou seja, era extremamente improvável que Mendel tivesse encontrado aqueles resultados puramente ao acaso. Em 1937 ele publicou um artigo concluindo que Mendel, ou algum assistente, havia falsificado os dados. Considerando-se a importância e influência de Fisher, não é surpresa que essa acusação tenha se difundido pela comunidade genética, sendo mesmo mencionada em vários livros-texto até hoje. Entretanto, como demonstrado em 1984 por Ira Pilgrim em um breve artigo , o grande matemático inglês cometera um erro lógico! Fisher havia incorrido em uma versão estatística da falácia ex-post-facto , que consiste em se conscientizar sobre a baixa probabilidade de um evento depois de ele ter ocorrido e a partir daí fazer inferências retrospectivas sobre suas possíveis causas! Por exemplo, imagine que você esteja em uma roda de pôquer e alguém receba “de cara” um royal straight flush (10-J-Q-K-A de um mesmo naipe). Imediatamente você se levanta e declara: a probabilidade de isto ocorrer é de apenas 0,0000015, portanto deve ter havido fraude! Esse comportamento seria extremamente ilógico, para não dizer antiesportivo. Cada jogador recebe um conjunto de cartas e qualquer conjunto de cartas específico é igualmente improvável a priori ! A probabilidade de um bilhete específico ser premiado na Loteria Federal também é baixíssima, e mesmo assim toda semana um bilhete é premiado! Você não pode acusar o ganhador da loteria de desonestidade só pela baixa probabilidade inicial de seu bilhete vir a ser sorteado! De novo as acusações contra Mendel caem por terra. Uma versão bastante comum desta mesma falácia ex-post-facto refere-se à baixíssima probabilidade da emergência espontânea da vida na Terra e de sua evolução por mecanismos naturais até o aparecimento do Homo sapiens . Postula-se, então, a existência de uma deidade que tenha dirigido o processo. Esse tipo de argumento falacioso é freqüentemente invocado contra a teoria da evolução, o que nos leva de volta a Darwin. Mendel e Darwin Mendel era grande admirador de Darwin e leu praticamente toda a sua obra. Ainda há na biblioteca do mosteiro de Brünn uma cópia da Origem das espécies (segunda edição, em alemão, de 1863) cheia de anotações marginais feitas por Mendel. Por outro lado, não existe evidência de que Darwin sequer soubesse da existência de Mendel. O exemplar dos Anais da Sociedade de Naturalistas de Brünn que continha o artigo “Experimentos sobre a hibridização das plantas” de Mendel foi encontrado na biblioteca de Darwin após a sua morte, mas as folhas duplas típicas das publicações antigas (que vinham fechadas e precisavam ser cortadas com uma espátula) não haviam nem sido abertas para leitura...


Sergio Danilo Pena Professor Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia Universidade Federal de Minas Gerais 09/03/2007


Fico aqui imaginando se Darwin tivesse lido os trabalhos de Mendel; talvez a Genética não seria a mesma atualmente. Mas isso é assunto para ser discutido em outro post.