segunda-feira, 18 de agosto de 2008

1 - Carboidratos

Os carboidratos têm basicamente função energética, mas podem também ter função plástica, participando de estruturas que constituem o corpo dos seres vivos. É o caso da celulose, que forma a parede celular das células vegetais, e da quitina, que forma a parede celular dos fungos e participa da composição do exoesqueleto de artrópodes. Além disso, os carboidratos participam da composição química dos ácidos nucléicos, que comandam e coordenam toda a atividade celular.





























Os carboidratos podem ser divididos em três grupos:

• monossacarídeos: açúcares simples, moléculas pequenas;
• dissacarídeos: açúcares formados pela reunião de dois monossacarídeos;
• polissacarídeos: carboidratos complexos, moléculas grandes.

1.1 Monossacarídeos

Os monossacarídeos são açúcares simples, muito solúveis em água e facilmente transportados para todas as partes do corpo. Muitos são imediatamente aproveitados pelos organismos como fonte de energia.

1.2 Dissacarídeos

Os dissacarídeos são formados a partir da união de dois monossacarídeos. Nessa união, há perda de uma molécula de água, ou seja, ocorre uma reação de síntese por desidratação.
Os dissacarídeos são solúveis em água, mas não são imediatamente aproveitáveis como fonte de energia. Para isso, precisam ser quebrados por hidrólise (hidro = água; lise = quebra), dando origem a dois monossacarídeos.
Os principais dissacarídeos são:


• sacarose: açúcar da cana, formado por uma molécula de glicose e uma de frutose;


• lactose: açúcar do leite, formado por uma molécula de glicose e uma de galactose;




• maltose: açúcar típico de vegetais, como a cevada, formado por duas moléculas de glicose.
1.3 Polissacarídeos
Os polissacarídeos são formados por vários monossacarídeos unidos entre si.
Os polissacarídeos são insolúveis em água e podem ser desdobrados em açúcares simples por hidrólise. Sua insolubilidade é vantajosa para os seres vivos por dois motivos: permitem que eles participem como componentes estruturais da célula ou que funcionem como armazenadores de energia

TRIGLICÉRIDES



























































































































































































































































































quinta-feira, 8 de maio de 2008

Antes tarde do que nunca!

09 de maio de 2008
Galileu, ex-herege, ganha estátua no Vaticano
por Graziella Beting

Retrato de Galileu Galilei de Justus Sustermans: o astrônomo que escapou da fogueira será homenageado pela Igreja Católica
Nunca é tarde. Depois de escapar por pouco da fogueira da Inquisição por ter defendido a tese de que a Terra girava em torno do Sol, o astrônomo italiano Galileu Galilei (1564-1642) será, enfim, abençoado pela Igreja Católica, com uma estátua em sua homenagem nos jardins do Vaticano em 2009.Galileu, que foi forçado a negar a tese heliocêntrica diante do tribunal do Santo Ofício, teve seu processo revisto 350 anos depois de sua morte, em 1992, quando a Igreja admitiu seu erro e absolveu o astrônomo. A inauguração da estátua de Galileu, em tamanho natural, no Vaticano, coincidirá com o Ano Internacional da Astronomia, proclamado pelas Nações Unidas, para comemorar os 400 anos da primeira utilização do telescópio para observar os astros, por Galileu, no verão de 1609. A peça, aliás, pode ser vista na exposição O telescópio de Galileu, instrumento que mudou o mundo, em cartaz no Museu da História da Ciência, em Florença, até o fim do ano.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Reação Química - para 8ª EF

Reação Química
É a transformação de uma ou mais substâncias em novas substâncias. As iniciais são destruídas e originam novos tipos de substâncias, ocorrendo, assim, mudanças nos tipos de moléculas. Todo fenômeno químico é uma reação química.
Os reagentes são as substâncias iniciais, ou seja, que sofrem o fenômeno químico. Os reagentes são consumidos durante o processo de transformação.
Os produtos são as substâncias finais, ou seja, são formadas no lugar dos reagentes (que desaparecem). São o resultado da transformação química ocorrida.




Equação química é a representação gráfica das reações químicas utilizando fórmulas químicas. Nelas, os reagentes são colocados à esquerda (1º membro) e os produtos à direita (2º membro). Entre ambos utiliza-se uma seta, orientada dos reagentes para os produtos. Os números que precedem as fórmulas das substâncias recebem o nome de coeficientes estequiométricos e indicam a proporção entre o número de moléculas reagentes e produzidas.









Observando o exemplo acima, podemos ver:

O elemento hidrogênio (H) e o elemento oxigênio participam da reação através das substâncias simples H2 e O2. São duas moléculas de H2 para uma molécula de O2. Durante o processo serão consumidas, formando uma substância composta (H2O), que estará presente com duas moléculas.

Os coeficientes são necessários para o balanceamento da equação, ou seja, para que se iguale o número de átomos de cada elemento em ambos os membros da equação química. Voltando ao exemplo acima, observe que teremos:

4 átomos de hidrogênio no primeiro e segundo membros da equação;
2 átomos de oxigênio no primeiro e segundo membros da equação.
Veja que ocorreu uma rearranjo de átomos:


Para que ocorra uma reação química, é preciso desfazer as moléculas dos reagentes (H2 e O2) e dispor seus átomos segundo uma nova recombinação. Ocorrerá a formação de novos tipos de moléculas (H2O) e, conseqüentemente, de novas substâncias. No exemplo acima, veja que as substâncias simples (H2 e O2) separaram, formando uma substância composta (H2O).

Leishmaniose - para 2ª EM

Para aqueles que quiserem se aprofundar no estudo das Leishmanioses, recomendo o link abaixo:

http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2036/paginas/materia%2010-36.html

Conceitos Básicos em Genética.

Genótipo e Fenótipo

O genótipo de uma pessoa é a sua constituição genética. O fenótipo é a expressão observável de um genótipo como um caráter morfológico, bioquímico ou molecular.

Locus Gênicos

Os cromossomos existem aos pares nas células somáticas.Cada gene ocupa um lugar definido no cromossomo. Esse lugar definido é denominado locus gênico.













Genes Alelos


Os genes que ocupam o mesmo locus em cromossomos homólogos são denominados genes alelos.







Homozigotos e Heterozigotos



Os genes alelos não são necessariamente idênticos.Quando nas células de um indivíduo os genes alelos para um determinado caráter não são idênticos, o indivíduo é denominado heterozigoto para o caráter denominado pelo par de genes. Quando os genes alelos são idênticos, o indivíduo é denominado homozigoto para aquele caráter.

domingo, 4 de maio de 2008

Para fechar a noite,um poema de amor. ( talvez, o mais belo que conheço )

Te Quero
Não te quero senão porque te quero...
E de querer-te a não querer-te, chego....
E de esperar-te quando não te espero..
Passa meu coração do frio ao fogo. ....
Te quero só porque a ti te quero,....
Te odeio sem fim, e odiando-te rogo,..
E a medida de meu amor viageiro...
É não ver-te e amar-te como um cego. ...
Talvez consumirá a luz de janeiro..
Seu raio cruel, meu coração inteiro,....
Roubando-me a chave do sossego. ...
Nesta história só eu morro....
E morrerei de amor porque te quero,.....
Porque te quero, amor, a ferro e a fogo..
Pablo Neruda.

O "Homem Vitruviano", de Leonardo da Vinci, 1492

O homem no centro


Os humanistas davam muita importância ao ser humano e ao natural, contrariando a visão medieval que glorificava o divino e o extraterreno. Com isso, os intelectuais passaram a questionar a autoridade da Igreja e atribuíram maior importância ao ser humano e à razão.O desenho de Leonardo da Vinci representado ao lado mostra o interesse pela proporção da representação da figura humana, desenvolvida pelos gregos no século 5 a.C. Baseou-se num trecho escrito pelo arquiteto romano Vitruvius.O arquiteto descreve como a forma humana com as mãos e pernas abertas poderia ser encaixada em um círculo, cujo centro seria o umbigo. E sugere que a figura pode também estar contida exatamente dentro de um quadrado.

Sem comentários...


3ª EM - Lembrando a Digestão.


Vamos ver se o pessoal está afiado quanto ao sistema digestivo, colocando o nome correto dos orgãos em relação aos respectivos números. Resposta amanhã!

É! gosto sim de ilusão de ótica!


Esta ilusão é um pouquinho difícil de visualizar no início, seja paciente, ok? Quando você olha a primeira vez para esta figura o que vê é um homem velho com cabelos de plantas, não é? Mas seja paciente e continue olhando e você vai reparar que existe um outro desenho escondido....um casal se beijando, não é legal?

Mais ilusão de ótica!

Daltonismo


Característica genética descoberta em 1794 pelo físico John Dalton, que era portador desta enfermidade e daí veio o nome daltonismo em homenagem ao seu descobridor. O daltonismo também é conhecido como discromatopsia.
Cerca de 80% das informações sobre o mundo vem da visão. Os estudiosos acreditam que 37% dos dados mais sofisticados e refinados que chegam ao ser humano vêm pela cor. O olho humano vê de 5 a 8 mil cores, enquanto os daltônicos vêem de 500 a 800 cores.
Esta doença afeta 8% dos homens e apenas 0,5 % das mulheres do mundo.
A doença em sua forma clássica se herda como um gene recessivo ligado ao cromossomo X (gene ligado ao sexo). Por isso esta doença é praticamente exclusiva de homens.
Os homens só têm um cromossomo X, enquanto as mulheres têm dois. Se uma mulher recebe um cromossomo X com o gene para daltonismo, ela será portadora da doença, porém não apresentará porque seu outro cromossomo compensa o "defeito" do primeiro.
Já o homem que receber um gene para o daltonismo sempre terá a doença, já que seu cromossomo X não pode ser compensado.Para que uma mulher tenha daltonismo, seus dois cromossomos têm que estar afetados, e para isso necessita que seu pai seja daltônico e sua mãe seja portadora do gene para daltonismo ou daltônica.
Veja na figura como a percepção das cores é afetada pelo problema genético:



1 – Quando olhamos uma imagem ela atravessa primeiro a córnea, uma película que protege o olho. Em seguida chega à íris, que regula a quantidade de luz recebida por meio da pupila. Depois a imagem passa por uma lente, o cristalino, que fica sobre a retina.
2 – Na retina, mais de 100 milhões de células fotoreceptoras – cones e bastonetes – transformam as ondas luminosas em impulsos eletroquímicos, que são decodificados pelo cérebro.

O daltonismo é uma doença que afeta a retina do globo ocular. Na retina se encontram dois tipos de células, cones e bastonetes que fazem possível a visão. Os cones são responsáveis pela percepção das cores. Estas células sofrem uma alteração genética que impedem de perceber as cores de forma convencional. Para que a pessoa tenha uma visão perfeita ela precisa ter três tipos de cones em perfeitas condições (cones normais).

TIPOS

Tipos de daltonismo :

A pessoa pode ser portadora de uma deficiência na identificação da cor ou pode ter ausência completa de sensibilidade a ela. O problema pode ser ligado às duas cores ou a apenas uma delas. As formas de manifestação do daltonismo são citadas abaixo:

Monocromáticos:
São classificados nesta classe os indivíduos acromatas, que tem acromatopsia, não identifica nenhuma cor. Ou seja, vê o mundo em tons de preto e branco. A estimativa é de que, para cada 30 ou 40 mil pessoas, exista uma acromata. Esta é a forma mais rara de daltonismo.

Dicromáticos:
Os indivíduos classificados nesta ordem têm dois tipos de cones em vez de três.
O padecimento se classifica em:

Protan: O Protan designa o distúrbio para reconhecer a cor vermelha, a protanopia é quando o indivíduo não tem o receptor para o vermelho (ausência completa) e a protanomalia é quando o receptor é deficiente. Indivíduos desta classe são insensíveis ao vermelho intenso e representam um em cada cem homens (1%).

Deutan: O Deutan designa o distúrbio para identificar a cor verde, na deutanopia o indivíduo não tem o receptor para o verde (ausência completa) e na deutanomalia, o receptor é deficiente. Indivíduos desta classe confundem as cores vermelhas, verdes e amarelas, e representam cinco em cada cem homens (5%).

Tritan: O Tritan é um distúrbio que impede o reconhecimento da cor azul. A identificação pode ser deficiente ou nula (nos casos em que há ausência completa de sensibilidade à cor). Indivíduos desta classe são cegos a cor azul e confundem as cores verde e azul.

Tricromáticos Anormais:

Também conhecida como deuteranomalia, é o grupo mais abundante de daltônicos. Tem três tipos de cones, porém percebem os tons de cores alterados.

TRATAMENTOS E DIAGNÓSTICOS

O daltonismo é uma doença que infelizmente não possui cura. Porém com o avanço tecnológico atual, já é possível diminuir os efeitos desta doença.
O FDA, órgão americano responsável por avaliar remédios e alimentos, aprovou a venda de óculos que amenizam o distúrbio.O novo instrumento representa um salto na qualidade de vida de quem convive com o mal diariamente, embora não signifique sua cura. As lentes especiais aumentam o brilho ou escurecem as cores, facilitando a distinção de cada uma. Infelizmente nem todos que sofrem deste mal, poderão usufruir o invento, pois ela só ajuda nos casos em que o médico constata dificuldade para enxergar verde ou amarelo.
O diagnóstico pode ser feito ainda na infância “recomenda-se que os pais peçam para que a criança separe objetos do mesmo tom". Se eles não se derem bem na tarefa, algo pode estar errado, mas um diagnóstico preciso só pode ser feito por um médico.
Para detectar o daltonismo, usa-se o teste de Ishihara, em que pontilhados coloridos formam determinados números ou letras. Os daltônicos vêem esta figura de maneira diferente.
O número a ser constatado por uma pessoa normal para o daltonismo é 74. Caso contrário a pessoa deverá passar por outros testes.

Cabelos e unhas crescem após a morte?

Parece cena de filme de terror: um cadáver com unhas e cabelos crescidos. Quem nunca ouviu a história de que os nossos cabelos e unhas continuam crescendo após a morte? Será que essa história é verdadeira? Bem, como em muitos mitos da ciência, nem sempre os especialistas chegam a um consenso. Para alguns, essa história é pura balela: um grupo de cientistas americanos afirma que a impressão de que cabelo e unhas continuaram crescendo é passada devido à retração da pele após a morte. Já para o coordenador do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), José Arthur Chiese, o mito é verdadeiro: ele explica que as células ainda continuam vivas depois que a pessoa é considerada morta, assim, as unhas e os cabelos continuam crescendo por um tempo, até que as reservas do organismo acabem.
Por Tiago DantasEquipe Brasil Escola

Voltando aos estudos após o feriadão! Ciclo da Malária par 2ª EM


- Ciclo no Homem (Ciclo Assexuado):
01. Formas infectantes do parasita, esporozoítos, infectam o homem através da picada do mosquito fêmea do gênero Anopheles (saem das glândulas salivares do inseto para invadir o homem).
02. Através da corrente sanguínea vão até os hepatócitos (células do fígado), onde se multiplicam através de reprodução assexuada.
03. Em excesso nos hepatócitos, são liberados, caindo novamente na corrente sanguínea e invadindo as hemácias.
03. Nas hemácias, tornam-se trofozoítos.
04. Através da Esquizogonia (reprodução assexuada por mitose), cada trofozoíto origina cerca de 36 células filhas, chamadas de merozoítos.
05. Os merozoítos provocam a lise (ruptura) da hemácia, e ficam livres no sangue. Podem assim, invadir novas hemácias, como anteriormente, ou invadir células jovens da medula.
- As febres periódicas, características da doença, existem devido ao rompimento periódico das hemáceas, e é exatamente por este fato que a malária também é chamada de febre terça ou quartã (dependendo do ciclo de 3 ou 4 dias, respectivamente).
06. Os merozoítos então, transformam-se em células sexuais (gametócitos), sendo o macrogametócito (fêmea)e o microgametócito(macho).
- Ciclo no Anopheles (Ciclo Sexuado)
01. Após a picada, a fêmea Anopheles sugam os gametócitos, que sofrem fecundação, e a formação do zigoto.
02. Os zigotos penetram nas células intestinais e se incistam. Dentro do cisto ocorre a esporogonia ( meiose), chegando uma fase que arrebentam o cisto e os esporozoítos migram para as glândulas salivares do inseto.
03. A partir daí, o Anopheles é capaz de infectar outras vítimas e dar continuidade ao ciclo.
Portanto, o homem é o hospedeiro intermediário (H.I.) onde ocorre reprodução assexuada, e o mosquito é o hospedeiro definitivo (H.D.) onde ocorre reprodução sexuada.

sábado, 3 de maio de 2008

Ilusão de Ótica

Olhe atentamente para o pontinho preto da bandeira por 30 segundos. Em seguida, olhe para o quadrado branco ao lado. Você irá ver a bandeira do Brasil com as cores reais. Se você quiser, pode também olhar para uma parede branca que o efeito é o mesmo.


Bomba Vitamínica


Um grande estudo afirma que não é bom negócio você se entupir de suplementos nutricionais
Anna Paula Buchalla
da Revista Veja

Quando surgiram, há mais de quatro décadas, os suplementos à base de vitaminas e minerais eram indicados para as pessoas que, por algum motivo, não conseguiam obter esses nutrientes em quantidade suficiente por intermédio da alimentação. Foi no fim dos anos 70, quando o químico americano Linus Pauling passou a defender a tese de que megadoses de vitamina C retardariam o envelhecimento e até ajudariam a prevenir o câncer, que os suplementos ganharam o papel de panacéia para uma série de males e de retardadores do envelhecimento. Hoje, cerca de 20% dos adultos do mundo ocidental fazem uso desses compostos. Valer-se dessas drágeas com o intuito de viver mais, no entanto, pode ter o efeito inverso: ver roubados anos de vida. É o que mostra o maior estudo de revisão sobre a suplementação de vitaminas e minerais já feito. Nele, foram analisadas 67 pesquisas, envolvendo 233 000 pessoas, entre doen-tes e saudáveis, realizadas ao longo dos últimos quarenta anos. O estudo, conduzido por pesquisadores do The Cochrane Collaboration, uma instituição internacional independente que se dedica à análise crítica de pesquisas, revela que não há evidências que atestem os benefícios das doses extras de vitaminas e minerais. Pior: segundo o estudo, a suplementação de vitaminas A, E e betacaroteno aumenta o risco de morte prematura (veja o quadro). Quanto à vitamina C e ao selênio, revelaram-se inócuos.
Se alimentos ricos em antioxidantes comprovadamente fazem bem ao coração, à pele, à memória e ao vigor físico, por que o mesmo não vale para os suplementos? A resposta é que frutas e vegetais são ricos em fibras e em uma série de outros micronutrientes que interagem entre si. É essa interação que determina a forma como o organismo absorve as vitaminas e os minerais. Isolá-los numa drágea não parece ser, portanto, a maneira mais adequada de extrair bons resultados deles. "Uma dieta equilibrada fornece todos os nutrientes necessários à boa saúde", diz a nutricionista Ana Maria Lottenberg, da Universidade de São Paulo.
A aritmética mostra que isso não é "papo de médico". A necessidade diária de vitamina C é de 90 miligramas para homens e 75 miligramas para mulheres. Uma única goiaba tem 370 miligramas da vitamina e uma mísera laranja-pêra, 95 miligramas. Uma castanha-do-pará, pequenininha como ela só, atinge a recomendação diária de selênio: 55 microgramas. "A suplementação é indicada apenas para quem tem deficiência nutricional e para atletas", diz a nutricionista Danielli Botture Lopes, da consultoria RG Nutri. Como você não vive na África Subsaariana e não vai correr a maratona na Olimpíada...

Evolução dos Come Sapiens segundo McDonanlds


Você já ouviu falar disso?!?!

01/05/2008 - 11h34
Cientistas conseguem fazer dedo cortado crescer de novo; assista
da BBC Brasil

Cientistas norte-americanos conseguiram fazer com que a ponta do dedo de um homem crescesse de novo depois de ter sido cortada fora. Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh desenvolveram um pó especial que estimulou as células do dedo ao redor da parte decepada a crescerem. Veja vídeo sobre o assunto.
Lee Spievak, 69, havia perdido a ponta do dedo ao colocá-la na hélice de um avião miniatura. Mas, agora, Spievak tem uma ponta regenerada, com pele, nervos, unha e até mesmo a impressão digital.
Isso foi possível depois que recebeu do irmão, Alan, que trabalha com medicina regenerativa, o pó desenvolvido pelos cientistas da Universidade de Pittsburgh. "Na segunda vez que eu coloquei o pó, eu já pude perceber que o dedo havia crescido. A cada dia, crescia um pouco", afirma Spievak.
"Levou cerca de quatro semanas até fechar completamente", diz. Agora, ele diz ter "movimento e sensibilidade total".

Bexiga de porco

O pesquisador Stephen Badylak, da Universidade de Pittsburgh, desenvolveu o pó usando células da parte interna da bexiga de um porco.
O tecido retirado é colocado em um ácido e submetido a um processo de secagem. Em seguida é transformado em um pó. "Há vários tipos de sinais no corpo. Alguns são bons para deixar cicatrizes, outros para criar tecidos regenerativos", diz Badylak.
O cientista afirma que o pó criado conseguiu estimular as células do tecido a crescerem, em vez de cicatrizarem.Se for aperfeiçoada, a técnica poderia ser usada para tratar pele com queimaduras sérias e até mesmo órgãos danificados.
"Eu acredito que dentro de dez anos nós teremos maneiras de fazer com que o osso se regenere e promover o crescimento de tecidos ao redor do osso. E isso é um grande avanço para, eventualmente, conseguir restaurar um membro inteiro", afirmou Badylak.
Os cientistas pretendem testar a nova técnica em Buenos Aires em uma mulher que sofre de câncer do esôfago e militares norte-americanos devem iniciar testes em soldados que perderam parte dos dedos em ação.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O Poder das Mulheres!

02/05/2008 - 14h57

Estudo liga hormônio feminino à busca por poder

O estrogênio é o hormônio que provoca o desejo por poder e competição nas mulheres da mesma forma que a testosterona o faz no homem, sugere um estudo publicado na revista acadêmica Hormones and Behavior."Nós descobrimos que o estrogênio e uma necessidade inconsciente por domínio estão positivamente relacionados na mulher", escreveram os pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e da Universidade alemã Friederich-Alexander.O estrogênio é o hormônio relacionado com o controle da ovulação e com o desenvolvimento de características femininas.O estudo envolveu um grupo de 49 mulheres. Inicialmente, os pesquisadores mostraram ao grupo uma foto e pediram que as mulheres escrevessem uma história sobre a imagem."Nós procuramos por temas relacionados ao poder. Quando mais uma história ia nessa direção, mais a pessoa era considerada motivada pelo poder", disse Steven Stanton, da Universidade de Michigan.ParaleloUma análise da saliva das mulheres mostrou que as mais ambiciosas tinham um nível mais alto de estradiol, um tipo de hormônio estrogênico.Depois, as mulheres competiram em dez rodadas de jogos de computador. A cada rodada, elas ficavam sabendo se tinham perdido ou ganhado e podiam ver a reação das outras mulheres.Análises das salivas durante e depois da competição mostravam uma relação clara entre o hormônio e as emoções.Em mulheres consideradas ambiciosas, os níveis do hormônio subiam quando elas ganhavam. Quando perdiam, os níveis caíam.As flutuações eram particularmente notáveis em mulheres solteiras e naquelas que estavam usando pílula anticoncepcional. No entanto, em mulheres que não eram consideradas ambiciosas, o efeito foi inverso. O nível de estrógeno caía quando elas ganhavam e subia um pouco quando perdiam."O nosso estudo mostra um paralelo com o que é observado entre testosterona e poder e competição em homens", disse Oliver Schultheiss, da Universidade Friedrich-Alexander."Em homens, a motivação pelo poder é associada a altos níveis de testosterona, principalmente depois de uma vitória difícil. Em mulheres, o estrógeno parece ser o hormônio crítico para isso", concluiu.

Quem ainda acha que as mulheres são seres submissos, vai achando, vai achando...

Link interessante!

Meus queridos leitores: entrem no link abaixo e vocês terão a oportunidade de obter respostas simples na forma de infográficos para questões simples tais como: como se forma a cárie, por que os músculos doem após exercícios físicos e muitas outras questões.

http://saude.abril.uol.com.br/subhomes/infograficos.shtml

Primeiros Socorros.

02/05/2008 - 10h01

Respiração boca-a-boca não é mais essencial em infarto
CLÁUDIA COLLUCCI da Folha de S.Paulo

A tradicional respiração boca-a-boca feita durante os primeiros socorros de uma parada cardíaca está com os dias contados. Novos estudos demonstraram que as compressões ritmadas no tórax são tão eficazes quanto a respiração boca-a-boca --que era intercalada com a massagem cardíaca.
As conclusões foram publicadas no mês passado em dois dos mais renomados periódicos de cardiologia ("Circulation" e "Resuscitation"). A recomendação é que, a partir de agora, só se faça as compressões torácicas ritmadas, de forma ininterrupta, por até oito minutos.
As novas orientações foram repassadas na quinta-feira (1º) aos cardiologistas brasileiros durante o congresso da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo) pelo médico Sérgio Timerman, diretor-científico do comitê de emergência da Fundação Interamericana do Coração. O congresso acontece em São Paulo até amanhã.
Segundo Timerman, as pesquisas que embasaram a mudança de conduta verificaram que há falta de preparo das pessoas para fazer a massagem torácica e que 83% dos americanos não faziam respiração boca-a-boca por medo ou nojo.
"Os estudos concluíram que a respiração boca-a-boca não só constitui um fator preponderante para justificar a inércia das pessoas que abordam a vítima para prestar socorro imediato, como também não garante benefício durante as manobras de reanimação", afirma o médico, que dirige o departamento de treinamento e pesquisa em emergências do InCor (Instituto do Coração).
Essas conclusões vão passar a integrar as novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, segundo Timerman. "A idéia é disseminar isso para as sociedades médicas e a população em geral."
Para ele, no Brasil, ainda é precário o treinamento das pessoas para as emergências cardíacas e isso pode ser crucial no momento de salvar ou não uma vida. Um outro estudo norte-americano demonstrou que o treinamento da população aumentou o número de ressuscitações de 2% para 20%.
Seis em cada dez pessoas que morrem do coração são vítimas de infarto. Muitas mortes poderiam ser evitadas se o atendimento da vítima fosse feito nos dez minutos após o ataque.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Doença de Chagas.

Protozoários da espécie Trypanosoma cruzi aderindo-se às fibras cardíacas. O mal de Chagas é uma doença de grande importância no Brasil, chegando a afetar a nível planetário de 16 a 18 milhões de pessoas por ano, principalmente na América Latina.

Prova de Matemática!


quarta-feira, 30 de abril de 2008

Atenção: Grande rede de supermercados pediu falência.


Mais sobre transgênicos.

Quem estiver interessado em aprofundar os conhecimentos em Engenharia Genética e aprender melhor aqueles conceitos sobre os OGM ( organismos geneticamente modificados ), clique no link abaixo. O site é show!

http://www.libertaria.pro.br/tdna_recombinante_intro.htm

A Árvore mais antiga do mundo!

A mais antiga árvore viva do mundo Abeto vermelho com mais de nove mil anos foi encontrado na Suécia.
O abeto vermelho (Picea abis) pertence a um gênero de árvores que têm como hábitat áreas de clima temperado e a floresta boreal (também conhecida como taiga) no hemisfério norte (foto: Leif Kullman). Um abeto vermelho de 9.550 anos foi descoberto em uma região montanhosa no noroeste da Suécia. Trata-se da mais antiga árvore do mundo já encontrada com vida. Para determinar a idade da árvore, os cientistas empregaram a técnica de datação por isótopos radioativos de carbono. O mesmo método foi usado em outros abetos vermelhos também encontrados na montanha Fulu (província de Dalarna) e revelou que as árvores têm cerca de 300, cinco mil e nove mil anos. Segundo Leif Kullman, professor de geografia física da Universidade de Umea, na Suécia, os abetos vermelhos só conseguiram sobreviver por tanto tempo graças a dois fatores principais. “Primeiramente, essas árvores são capazes de desenvolver um novo tronco a partir das raízes assim que o anterior morre”, explica Kullman. “Além disso, o abeto vermelho mostrou-se bastante resistente às mudanças climáticas ao longo de tanto tempo, completa.

Que confusão!!!

No mundo animal às vezes tem dessas coisas...


Mulheres: por que reclamar "daqueles dias"? Enfim uma boa notícia!

24/04/2008 - 12h45
Sangue de menstruação pode reparar problemas cardíacos, diz estudo
MIWA SUZUKI
da France Presse, em Tóquio

O incômodo que para muitas mulheres representa o ciclo menstrual pode ser compensado no futuro pelo poder de cura de seu sangue, aplicável a corações debilitados, segundo pesquisadores japoneses.
Os cientistas estudaram o sangue da menstruação de nove mulheres e se concentraram em um tipo de célula que atua de maneira similar às células-tronco.
Aproximadamente 20% das células menstruais começaram a pulsar espontaneamente três dias depois de serem introduzidas in vitro em células de coração de ratos.
As primeiras formaram uma espécie de capa própria do tecido muscular do coração.
A proporção de sucesso é cem vezes maior que a obtida com células-tronco extraídas da medula humana (entre 0,2% e 0,3%), segundo Shunichiro Miyoshi, cardiologista da Faculdade de Medicina da Universidade de Keio e um dos autores da pesquisa.
As experiências posteriores revelaram que o estado dos ratos que sofreram ataques cardíacos melhorava após receber células procedentes do ciclo menstrual.
"É possível desenvolver um sistema no futuro próximo que permita às mulheres usarem o sangue para seu próprio tratamento", declarou.
Recorrer ao próprio sangue é uma maneira de eliminar um dos principais riscos que apresenta o uso de células: ao se tratar as pacientes, o sistema imunológico não as rejeita.
Miyoshi defendeu que o sangue menstrual poderia ser usado para fazer provisão de um tipo de células que contêm vários sistemas de HLA (Antígenos dos Leucócitos Humanos, na sigla em inglês), chave para o sistema imunológico.
Estas células podem ser armazenadas em um tubo do tamanho de um dedo e serem cultivadas quando necessário. "As células podem ser guardadas por 300 anos", de acordo com um especialista.

Enviada por nosso leitor Felippe.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Era só o que faltava!


29/04/2008 - 21h44

Livro mostra orangotango nadando e pescando
da BBC Brasil


Um livro de fotografias a ser publicado no início de maio mostra imagens que surpreenderam a comunidade científica: nelas, orangotangos que habitam florestas equatoriais em Bornéu, na Indonésia, são vistos nadando e pescando.
Até recentemente, especialistas acreditavam que estes símios de braços longos, que compartilham 97% do seu DNA com os humanos, não eram capazes de nadar.
Divulgação
Imagem mostra orangotango pescando; ao contrário do que se imaginava, livro aponta que esses animais sabem nadar
Mas a equipe de naturalistas e um fotógrafo por trás do lançamento capturou imagens dos orangotangos atravessando um rio a nado para colher frutos em uma reserva na ilha de Kaja, na parte sul de Bornéu, que pertence à Indonésia (o resto da ilha de Bornéu é dividido pela Malásia e ao sultanato de Brunei).
Os animais também são vistos caçando peixes com varetas antes de comê-los. Segundo os autores do livro, estas e outras imagens demonstram que a espécie, tida como a segunda mais inteligente depois do homem, é capaz de criar e aprender.
O livro "Thinkers of the Jungle" --the Orangutan Report, de Gerd Schuster, Willie Smits e Jay Ullal, chega às lojas no dia 5 de maio.
Ele também documenta a destruição do habitat natural do orangotango para o cultivo do solo. O holandês Willie Smits é um dos fundadores da Borneo Orangutan Survival Association, entidade que faz campanha pela proteção da espécie.
Especialistas calculam que, a partir de 2010, não haverá mais orangotangos --habitantes das florestas de Bornéo e Sumatra-- vivendo livres na natureza.

Bomba Atômica - A resposta!

Fissão Nuclear
Há dois tipos de reação nuclear: a fissão e a fusão. As usinas nucleares usam a fissão para produzir sua energia. Partículas atômicas que se movem com grande rapidez, chamadas nêutrons, são atiradas contra o núcleo do átomo para dividi-lo. Essa divisão é chamada fissão e faz com que os outros átomos também se dividam, numa reação em cadeia. Nesse processo, um pouco da massa (o número de partículas pesadas dentro do átomo) se perde, convertendo-se em imensas quantidades de energia.
Ao se iniciar uma reação de fissão nuclear, uma partícula rápida chamada nêutron é disparada contra o núcleo de um átomo de Urânio 235. O nêutron de alta velocidade, tem potência suficiente para penetrar no interior do núcleo onde é absorvido, em seguida, o núcleo se divide em duas partes num processo chamado fissão. Essa fissão produz mais dois ou três nêutrons que vão dividir mais núcleos numa reação em cadeia. Cada vez que um átomo sofre uma fissão, libera grande quantidade de energia.

Reações Nucleares em Cadeia
Urânio-235 é uma forma de urânio utilizada em reações nucleares em cadeia, por que seus átomos instáveis se desintegram facilmente. Se o fragmento de urânio ultrapassar certo tamanho (conhecido como massa crítica), seus átomos se desintegram automaticamente.
A massa crítica de urânio-235 equivale a mais ou menos o tamanho de uma bola de tênis. Se for maior, os átomos automaticamente se desintegram e cada um, por sua vez, libera dois ou três nêutrons. Cada nêutron desintegra o núcleo de dois ou três átomos. A cada vez que um átomo se desintegra, enorme quantidade de energia é liberada. Uma reação em cadeia, não controlada, prosseguiria indefinidamente.


Bomba Atômica!

O leitor que me perguntou sobre a bomba atômica, aguarde um minutinho e já tentarei explicar.

Leite de cabras transgênicas pode resultar em novo fármaco

Um leitor me pede maiores explicações sobre a utilização de cabras transgênicas e como elas são "fabricadas". Segue abaixo um texto explicativo sobre o assunto:



Em outubro de 2006, o Brasil e o mundo tomaram conhecimento da criação da primeira cabra transgênca na América Latina no Caprinos transgênicos como biorreatores para produção de fármacos de interesse em saúde humana. O projeto, que envolve o Laboratório de Animais Transgênicos (LAT) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, se baseia na possibilidade de introduzir no genoma de caprinos uma construção de DNA capaz de promover a produção de qualquer proteína humana de valor terapêutico pela glândula mamaria das fêmeas dessa espécie. O resultado seria um leite de cabra capaz de ajudar no tratamento de diversas doenças relacionadas à imunodeficiência, por exemplo.
Método de produção de animais biorreatores -A pesquisadora Luciene Paschoal Braga Dias, médica veterinária, que participa da pesquisa no LAT/UFRJ, falou ao IVFRJ On Line sobre o andamento do projeto. Com mestrado em Fisiopatologia da Reprodução pela Universidade Federal Fluminense, ela desenvolveu pesquisa na Embrapa Gado de Leite em Juiz de Fora e trabalhou com fertilização "in vitro" em bovinos. É doutora em Ciências Biológicas, na área de Biofísica e subárea Biologia Molecular pela UFRJ. Desenvolveu sua tese de doutorado no LAT/UFRJ, onde produziu camundongos transgênicos biorreatores, que são aqueles que produzem alguma proteína de origem animal, vegetal ou bacteriana nas secreções, tais como: o leite, urina, saliva. Neste caso, os animais produziram no leite uma proteína (G-CSF) de grande utilização na clínica médica.
. No que consiste a pesquisa? A idéia geral do projeto se baseia na possibilidade de introduzir no genoma de caprinos (Capra hircus) uma construção de DNA, capaz de promover a produção de qualquer proteína humana de valor terapêutico pela glândula mamaria das fêmeas dessa espécie. A proteína "Fator de Estimulação de Colônias de Granulócitos humano" (hG-CSF) foi escolhida inicialmente devido à sua importância para saúde humana, pois o hG-CSF aplica-se extensivamente na prevenção do desenvolvimento da neutropenia, ou seja a queda nos níveis de células brancas, neutrófilos, após quimioterapia ou radioterapias intensivas. É também usada na estimulação da hematopoiese (qualquer patologia que necessite melhorar a imunidade e aumentar a série branca do sangue - neutrófilos), após transplante de medula óssea ou ainda no tratamento de diversas doenças relacionadas à imunodeficiência. Recentemente, o hG-CSF vem sendo utilizado como um fator que mobiliza células tronco para regeneração das áreas de infarto no miocárdio, mostrando um novo e amplo campo de aplicação desse fármaco.
. Quanto tempo tem esse trabalho? O projeto começou a ser desenvolvido há oito anos, quando pesquisadores russos da Academia de Citologia e Genética da Academia Russa de Ciências implementaram a tecnologia de produção de animais transgênicos na UFRJ. Contudo, os principais resultados foram alcançados nos últimos dois anos, e em outubro de 2006 foi anunciada a primeira cabra transgênica da América Latina.
. Quais são os resultados esperados? Atualmente, 300 g de hG-CSF recombinante produzido por bactérias custam aproximadamente 100 dólares e não é facilmente acessível em relação à demanda, a qual tem crescido a cada ano. Dessa forma, um pequeno grupo de cabras transgênicas poderia produzir uma quantidade de leite suficiente para atender a necessidade do Brasil em hG-CSF, com custo menor e com estrutura molecular igual a da proteína original. Desde sua introdução como agente terapêutico, há cerca de 17 anos, o hG-CSF tem sido uma das proteínas recombinantes mais bem sucedidas em uso clínico, com mais de 1,4 milhões de pacientes tratados (Hareng & Hartung, 2002).
. Qual a principal vantagem desse processo para a população? O tratamento com uso do hG-CSF tem um custo bastante elevado, entretanto, o custo desta proteína produzida por cabras transgênicas poderia ser várias vezes mais barato e acessível. Assim, no mercado internacional 1g da proteína recombinante custa de 100 a 1.000 dólares, enquanto a mesma quantidade de proteína produzida por cabras transgênicas custa de 10 a 25 dólares (Dale, 2002). Não obstante, alguns países desenvolvidos que produzem e comercializam esse fármaco através de biorreatores, monopolizam o mercado internacional, como vem acontecendo com vários produtos farmacêuticos.
. Quais são as equipes envolvidas? Como é um projeto muito grande, vários pesquisadores de diferentes Universidades estão envolvidos. Entre as Universidades participantes estão a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Laboratório de Animais Transgênicos e Universidade Estadual do Ceará, Laboratório de Fisiologia e Controle da Reprodução. Ao todo podemos contar com 30 pesquisadores altamente qualificados, entre eles, alunos de iniciação científica, alunos de mestrado, alunos de doutorado, doutores, pós-doutores.
. A pesquisa é financiada? Inicialmente o projeto foi financiado pelo CNPq/PADCT e posteriormente pela Renorbio (Rede do Nordeste de Biotecnologia), financiado pelo banco do Nordeste. Após a divulgação da primeira cabra transgênica da América Latina feita pelo nosso grupo em outubro de 2006, procuramos uma outra fonte de financiamento que nos possibilitaria testar e comercializar o fármaco produzido por esses caprinos. O BNDES é nosso atual investidor e continuamos o projeto, mas agora com um propósito comercial.
. Quais são as próximas etapas da pesquisa? Apesar dos resultados apresentados na mídia pelo nosso grupo, com a divulgação da primeira cabra transgênica da América Latina, as pesquisas ainda continuam e os próximos passos são: produzir mais cabras transgênicas que produzam hG-CSF, testar essa proteína visando a comercialização e produzir outras proteínas humanas com potencial terapêutico.





Por: dna Ferreira/IVFRJ Online

Recorde de visitas!!!

É isso aí meus queridos leitores! Hoje o blog está "bombando"! Tivemos um número recorde de visitas; acho isso muito bom e fico satisfeito em saber que posso estar contribuindo de alguma forma para vosso aperfeiçoamento nos estudos. Todas essas visitas me incentivam cada vez mais a postar matérias para vocês, que são a razão da existência deste blog. Muito obrigado a todos!

Fluxo de Matéria e Energia para 1ª EM

Todos os seres vivos necessitam de matéria-prima para seu crescimento, reprodução, desenvolvimento e reparação de perdas. Necessitam também de energia para a realização de seus processos vitais. Essas necessidades são supridas pelo alimento orgânico.
Os seres autótrofos sintetizam seus próprios alimentos através da fotossíntese ou da quimiossíntese. O alimento produzido pelos autótrofos é utilizado por eles mesmos e pelos organismos heterótrofos. Os principais produtores da Terra são os organismos fotossintetizantes.
A energia luminosa do Sol é fixada pelo autótrofo e transmitida, sob a forma de energia química, aos demais seres vivos. Essa energia, no entanto, diminui à medida que passa pelos consumidores, pois parte dela é utilizada para a realização dos processos vitais do organismo e outra perde-se sob a forma de calor; sempre restará, portanto, apenas uma parcela menor de energia disponível para o nível seguinte. Como na transferência de energia entre os seres vivos não há reaproveitamento da energia liberada, diz-se que essa transferência é unidirecional e se dá como um fluxo de energia. A matéria, no entanto, pode ser reciclada.
Brasileira desenvolve vacina contra Chagas Proteína estimula células de defesa a produzir anticorpos específicos





Uma vacina experimental está sendo desenvolvida na França para combater a doença de Chagas. Ela permite que o organismo infectado pelo protozoário causador da moléstia produza anticorpos específicos contra ela. Normalmente, esse parasita dribla as defesas do organismo e induz a produção de anticorpos incapazes de neutralizar os agentes agressores. O trabalho, desenvolvido por uma equipe do Instituto Pasteur liderada pela brasileira Paola Minoprio, pode abrir novos caminhos para a busca de vacinas contra infecções parasitárias.
A doença de Chagas, causada pelo Trypanosoma cruzi, atinge 8 milhões de pessoas apenas no Brasil
O mal de Chagas é causado pelo protozoário Trypanosoma cruzi, parasita que penetra no hospedeiro através de fezes do barbeiro e se multiplica no interior de células, podendo destruir o músculo cardíaco e os do sistema digestivo. Ele secreta moléculas chamadas mitogênicas que fazem com que sua presença não seja reconhecida pelos linfócitos (células do sistema imunológico). "Cerca de 98% dos anticorpos produzidos por essas células não reconhecem o invasor", explicou Paola Minoprio à CH on-line. "Uma defesa correta deveria induzir uma reação específica contra as moléculas-chave dos causadores da doença." A reação não específica pode levar à redução total da capacidade de um indivíduo para produzir respostas imunológicas normais e ocasionar uma doença autoimune - em que o sistema imunológico ataca indiscriminadamente tecidos do próprio organismo.
A partir de experimentos com camundongos, a equipe conseguiu identificar o gene do protozoário que codifica uma proteína com propriedades mitogênicas (TcPA45). A partir daí, desenvolveram um modelo experimental de vacinação intramuscular com DNA contendo o gene. "Injetando pequenas doses dessa proteína no organismo, estimulamos os linfócitos B a produzir anticorpos específicos", afirma Minoprio. "Assim, uma resposta neutralizadora estará presente quando os parasitas entrarem em contato com o hospedeiro." Testes demonstraram que a vacina induziu uma diminuição de 85% dos níveis de parasitas circulantes após infecção.
A produção de mitógenos para confundir as respostas do sistema imune do hospedeiro é uma estratégia utilizada pela maioria das bactérias, fungos e vírus. A equipe de Paola Minoprio está trabalhando agora no isolamento dos genes de outros parasitas. "Já temos isolados mitógenos do parasita da malária, da candidíase e do vírus da peste porcina", enumera. "Em breve, poderemos preparar vacinas contra todas essas moléstias."

Helena Aragão
Ciência Hoje/RJ28/09/00

Ainda a Terapia Genética

Terapia gênica mostra potencial contra câncer
28 Agosto, 2007 - 08:01h Délcio Rocha

Pesquisadores brasileiros estão usando com sucesso vírus especialmente projetados para consertar os defeitos genéticos que permitem o surgimento do câncer. Em testes feitos com animais, a estratégia, a chamada terapia gênica ou geneterapia, mostrou-se capaz de deter o avanço de dois dos principais tumores que afetam a população do país.Os resultados animadores foram relatados durante a XXII Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental, que acontece até este sábado (25) em Águas de Lindóia, no interior paulista. Bryan E. Strauss, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (InCor), e Eugenia Constanzi Strauss, da USP, fazem questão de frisar que ainda não há previsão de testes da técnica em pacientes humanos. Mesmo assim, a dupla se mostra empolgada."Os resultados têm sido realmente excelentes", afirma Eugenia Strauss. A terapia gênica é uma promessa relativamente antiga para o tratamento de doenças de forma precisa e racional, mas ainda não há nenhum protocolo disponível comercialmente mundo afora. No entanto, há sinais de que a tecnologia está ficando madura, resolvendo problemas como o risco de alterações na porção de DNA "saudável" dos pacientes. No passado, essas alterações chegaram a causar a morte de algumas pessoas em testes clínicos.O casal Strauss e seus colegas estão usando uma das abordagens clássicas da geneterapia, que consiste em usar certos tipos de vírus como "cavalos-de-tróia". Os vírus recebem os trechos de DNA que os pesquisadores desejam inserir nas células cancerosas. Depois, ao se replicarem e invadirem o organismo, acabam fazendo de graça o serviço desejado. Há outras abordagens geneterapêuticas que não usam vírus, mas a dos cavalos-de-tróia tem justamente o apelo de espalhar o DNA desejado pelo tecido-alvo.A técnica foi testada experimentalmente em tumores humanos que foram "semeados" debaixo da pele de camundongos de laboratório. Eugenia Strauss explica que a idéia é interferir justamente na regulação do ciclo celular, possivelmente a chave de todos os tipos de câncer. É que as células cancerosas são do tipo que não sabe quando parar: seu ciclo celular se desregula e elas se multiplicam a esmo.Com a inserção de genes reguladores do ciclo celular, espera-se que elas caiam em si, "percebam" que há alguma coisa errada e iniciem o chamado processo de apoptose, ou morte celular programada. "Nós queremos criar uma solução desse tipo que possa funcionar em vários tipos de tumor e que não dependa de atacar as modificações genéticas mais específicas de cada câncer", explica ela. Nos camundongos, tumores de pulmão (os mesmos que aparecem por causa do fumo em humanos) e de próstata foram atacados com sucesso.Um dos planos para o futuro, além de possíveis testes clínicos, é também usar a estratégia contra problemas cardiovasculares. Quando um vaso sangüíneo é seriamente danificado, pode ocorrer a multiplicação descontrolada de células que fecham aquele ferimento. Mas entre as células, o inferno também está cheio de boas intenções: esse curativo acaba tapando a passagem do sangue e causando uma série de problemas. "Acontece que essa proliferação é muito parecida com o que a gente vê em tumores, o que sugere que poderíamos usar alguns dos mesmos genes para evitá-la", explica Strauss.Por: Reinaldo José Lopes

Fonte: Portal G1

Terapia Genética

09/07/2007 - 13h11
Terapia genética enfrenta câncer letal

Nova técnica conseguiu salvar cobaias de tumor do pâncreas, um dos mais terríveis. Testes em humanos podem acontecer em um ano nos EUA, se tudo der certo.
Do G1, em São Paulo


Pesquisadores da Universidade do Texas, nos EUA, dizem ter criado uma nova forma de terapia genética que conseguiu eliminar o câncer do pâncreas em camundongos que sofriam da doença. O sucesso no teste de laboratório pode levar a ensaios clínicos em humanos dentro de cerca de um ano, de acordo com a universidade americana.

"Esse veículo, ou vetor, é tão bem direcionado e robusto em seu funcionamento específico contra o câncer que poderemos usá-lo para terapia e talvez até para obter imagens da progressão do tumor", afirmou em comunicado oficial o pesquisador Mien-Chie Hung. Ele é o autor principal do estudo, que está na revista científica "Cancer Cell".
O melhor é que, segundo a equipe, outros tipos de câncer poderiam ser atacados caso o sistema de terapia genética sofra algumas modificações. Em essência, trata-se de uma "bomba inteligente" molecular. Sua camada externa é composta por uma esfera de gordura, o chamado lipossomo; dentro há uma seqüência de DNA que indica como o conjunto funciona, outra que potencializa seu funcionamento no tecido do pâncreas e finalmente a arma propriamente dita, um gene que leva à autodestruição das células cancerosas.
Se funcionar, os pacientes com câncer pancreático finalmente terão mais chances de sobrevivência. Calcula-se que, só nos Estados Unidos, 37 mil pessoas sejam diagnosticadas com a doença por ano - normalmente quando o tumor já se encontra em estágio avançado. Por isso, apenas 4% dos doentes sobrevivem após cinco anos de diagnóstico, taxa considerada uma das baixas entre os cânceres humanos.Num teste da terapia contra duas linhagens agressivas de câncer pancreático em camundongos, os resultados foram muito animadores. Enquanto todos os roedores do grupo controle, que não recebeu a nova terapia genética, morreram em 90 dias, metade dos que foram tratados com ela sobreviveram por 14 meses, sem sinais de retorno dos tumores.

Não houve sinais significativos de efeitos colaterais tóxicos do medicamento, ao contrário de outras formas de quimioterapia. Os pesquisadores também conseguiram monitorar em tempo real a regressão do câncer inserindo nos tumores um gene da luciferase, a substância que "acende" os vagalumes.

A equipe já tem parceria com uma empresa farmacêutica para colocar o produto no mercado caso os testes com pessoas se mostrem positivos.

Ciclo do Nitrogênio para 1ª e 2ª EM

Ciclo do Nitrogênio

O nitrogênio é um gás que ocorre na atmosfera na proporção aproximada de 79%. Apesar disso, não é utilizado de forma direta pelos seres vivos, com exceção de alguns microorganismos. Seu aproveitamento pela generalidade dos seres vivos está na dependência de sua fixação e posterior nitrificação.
A fixação do N2 pode ser feita através de radiação ou da biofixação, sendo este último processo o mais importante. A biofixação é realizada por bactérias, cianobactérias e fungos que podem viver livres no solo ou associados a plantas. Esses organismos são os únicos que conseguem transformar o N2 atmosférico em uma forma utilizável pelos seres vivos: a amônia (NH3). Os biofixadores que vivem associados a plantas são mais eficientes nesse processo que os de vida livre. Isso porque a planta fornece um hábitat apropriado, geralmente nódulos nas raízes, que protege esses microorganismos contra um excesso de O2 (o qual inibe a fixação do nitrogênio) e fornece energia para a realização do processo. Em troca, a planta recebe um farto suprimento de nitrogênio sob a forma assimilável.


A amônia produzida pelos biofixadores associados é incorporada diretamente aos aminoácidos da planta onde vivem. Já a amônia produzida pelos biofixadores de vida livre é transformada em nitrito e depois em nitrato, pela ação das bactérias nitrificantes (Nitrosomonas e Nitrobacter). Essas bactérias são autótrofas quimiossintetizantes, que utilizam a energia da nitrificação para a síntese de suas substâncias orgânicas.









O nitrato pode ser absorvido pelos vegetais e o nitrogênio nele contido é utilizado na síntese de aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos. Essas substâncias são transferidas direta ou indiretamente para os animais, ao longo das cadeias alimentares. Os animais, portanto, só conseguem captar o nitrogênio indispensável para a síntese de suas proteínas e ácidos nucléicos ingerindo diretamente plantas ou, indiretamente, alimentando-se de outros animais da cadeia alimentar.
O nitrogênio deixa o corpo dos organismos por dois processos: excreção de produtos nitrogenados e/ou decomposição dos organismos mortos.
Os excretas nitrogenados uréia e ácido úrico são transformados em amônia por bactérias e fungos decompositores. Estes organismos também degradam as substâncias nitrogenadas contidas no corpo dos organismos mortos, transformando-as em amônia.
A amônia pode retornar ao ciclo sendo transformada em nitrito e nitrato pelas bactérias nitrificantes, ou em nitrogênio (N2), por bactérias desnitrificantes. O N2 volta para a atmosfera, podendo entrar novamente na fase biológica do ciclo através dos processos de fixação.

Um pouquinho de Química para 8ª Série


segunda-feira, 28 de abril de 2008

Download...

Eu estava aqui esperando completar um download e...














Desafio para alunos da 1ª EM


(Unicamp-SP) Em um experimento, foram obtidos dados que permitiram a construçãoo do gráfico ao lado. Interprete o gráfico, explicando o significado do ponto x e das áreas destacadas A e B.
Este é um exemplo de um exercício sobre o assunto aprendido na aula passada. Aceite o desafio: tente resolvê-lo!

Recordando Fotossíntese - Alunos da 1ª EM




Todo ser vivo precisa de água e energia. Os animais tiram a energia dos alimentos que comem. A maioria das plantas porém fabricam seu próprio alimento através da fotossíntese. Quer dizer, as partes verdes das plantas (que contém clorofila, um pigmento verde) são capazes de fabricar glicose (um tipo de carboidrato) quando devidamente iluminadas.
A partir do gás carbônico do ar e da água que retira do solo, a planta fabrica a glicose, armazenando nesta molécula toda a energia que captura do Sol. A folha, portanto prende a energia da luz do Sol e a armazena na forma de energia química, nas ligações da molécula da glicose. Depois, a partir da glicose e dos sais minerais (principalmente, substâncias contendo nitrogênio, fósforo e potássio) que retira do solo, produz todos os demais materiais que precisa para crescer ( proteínas, carboidratos e lipídios ).
A respiração realiza o processo inverso, ao liberar a energia química presa na glicose na presença de oxigênio, produzindo água e gás carbônico e liberando energia para que os animais possam se manter vivos e realizar seus movimentos.

Nem sempre a regra é clara!

Segundo a regra da Fifa, um atacante (uniforme branco) está impedido quando, ao receber um passe, se encontra mais próximo da linha de meta adversária do que a bola e o penúltimo defensor. O impedimento não é marcado caso o jogador receba a bola diretamente de um tiro de meta, arremesso lateral ou escanteio. Também não será marcado impedimento se o jogador que irá receber a bola partir antes da linha do meio de campo (imagem: reprodução/BMJ). Clique na imagem para baixar a regra oficial do site da CBF (arquivo PDF, 2481 KB).




A regra não é claraEstudo conclui que o olho humano é fisicamente incapaz de detectar a posição de impedimento
Em toda partida é sempre a mesma história: o árbitro e seus auxiliares marcam o impedimento e a torcida do time afetado se revolta. A televisão mostra o lance quadro a quadro e ‐ pronto ‐ a infração não aconteceu. Entretanto, para o médico espanhol Francisco Maruenda, do Centro de Saúde de Alquerías, em Murcia, eles não podem ser considerados culpados. Em artigo publicado no British Medical Journal (BMJ), o médico utilizou cálculos simples baseados na fisiologia ocular para concluir que o olho humano é incapaz de processar todas as informações necessárias para aplicar essa regra.
A identificação do impedimento exige que o árbitro e seus assistentes enxerguem os últimos movimentos de cinco objetos e, ao mesmo tempo, determinem a posição de um em relação ao outro. Eles devem ter a bola como ponto fixo e, simultaneamente, ver a posição dos dois atacantes mais avançados e dos dois últimos jogadores da defesa. Para entender como a visão humana processa essas informações, Francisco Maruenda recorreu ao conceito de movimentos sacádicos dos olhos, que ocorrem quando se muda o foco de um objeto para outro ou a profundidade do foco. Segundo o médico espanhol, esse procedimento requer um tempo que varia entre 2,1 e 2,8 décimos de segundo, de acordo com a distância dos objetos observados. O médico argumenta que, para apontar a infração, o juiz precisa, no mínimo, enxergar o jogador que conduz a bola, identificar o atacante mais adiantado que irá receber o passe e o penúltimo defensor. Isso requer ao menos dois movimentos sacádicos, o que duraria, no tempo mais curto, 4,2 décimos de segundo. O problema, aponta o espanhol, é que, nesse intervalo de tempo, muitas mudanças podem acontecer. Segundo ele, um jogador de futebol corre em média 100 metros em 14 segundos, ou 3 metros em 4,2 décimos de segundo ‐ o suficiente para comprometer o julgamento do árbitro. Assim, conclui Maruenda, é humanamente impossível detectar o impedimento. "Esta norma surgiu em 1866, quando não se conhecia nada de fisiologia ocular. As primeiras informações sobre os movimento sacádicos datam de 1903. Naquele tempo não se sabia que o árbitro deveria olhar três lugares diferentes ao mesmo tempo", disse o médico em entrevista à imprensa espanhola. Maruenda enviou suas conclusões para a Fifa (Federação Internacional das Associações de Futebol) e sugeriu que o impedimento seja banido ou que se passe a usar o vídeo para detectá-lo. "O uso da tecnologia moderna ‐ como o congelamento de imagens e a análise quadro-a-quadro ‐ é recomendável para limitar os erros", conclui em seu artigo, publicado na edição de 18 de dezembro de 2004 da BMJ.

Pedro Gomes Ribeiro
Ciência Hoje On-line10/02/05