segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Oposição quer ouvir ministro da Educação sobre falhas no Enem

Por Gabriela Guerreiro, na Folha Online:

A oposição quer ouvir o ministro Fernando Haddad (Educação) sobre as falhas ocorridas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no último final de semana. A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) vai tentar aprovar nesta terça-feira requerimento com o convite para Haddad depor à Comissão de Educação do Senado para explicar a organização do exame.

“Na minha ótica, o Enem fica desacreditado. Dois anos seguidos com problemas é demais, é falta de competência técnica”, disse. A senadora pretende apresentar o requerimento amanhã, para que possa ser apreciado em seguida durante reunião da comissão. Apesar de se declarar favorável ao Enem, Serrano disse que o MEC (Ministério da Educação) tem que reformular a logística das provas. “É uma boa ideia que está sendo minada pela falta de competência. Se não for decidida a aplicação das provas novamente para todos os estudantes, sempre haverá alguém, na Justiça, questionando o Enem 2010.”

No sábado (6), primeiro dia de prova, parte dos exemplares saiu com folhas repetidas ou erradas. Nesses casos, os alunos não receberam todas as questões. Já no cabeçalho da folha de respostas recebida por todos os alunos, o espaço para o gabarito das questões de ciências da natureza estava incorretamente identificado como ciências humanas. Diante das falhas, a Justiça Federal do Ceará suspendeu o Enem nesta segunda-feira, acatando um pedido de liminar (decisão provisória) feito pelo Ministério Público Federal. A decisão tem efeito em todo o Brasil. Cabe recurso.

EXPLICAÇÕES
No ano passado, quando houve vazamento da prova do Enem, o Senado também convidou o ministro para se explicar –mas Haddad enviou o diretor do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) para explicar a falha no exame. A oposição disse esperar que, desta vez, o ministro compareça pessoalmente para falar sobre os erros na prova. “Está na hora da gente chamar de novo o ministro. O diretor do Inep disse que estava tudo sob controle, mas houve esse problema de novo este ano”, disse Serrano.

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